O pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito na ação que questiona o uso de embriões congelados em pesquisas com células-tronco é uma pedra no caminho da ciência. Com o julgamento adiado por tempo indeterminado, prejudica-se o andamento de pesquisas essenciais para a cura de uma série de doenças. Os argumentos dos adversários das pesquisas com células-tronco embrionárias são inconsistentes. Fala-se em defesa da vida, embora se saiba que esses embriões serão descartados de qualquer forma.Em nome da proteção a um embrião que jamais será implantado no útero de uma mulher, nega-se a possibilidade de pesquisar a cura para crianças que poderiam ganhar uma sobrevida.Foi brilhante a defesa das pesquisas feita pelo relator, ministro Carlos Ayres Britto, em uma hora e meia de discurso. Mesmo com o pedido de vista, a presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie, fez questão de adiantar seu voto favorável, com o argumento de que a demora na decisão desestimula as pesquisas.
Rosane de Oliveira, Zero Hora de hoje.
A foto do ministro Menezes Direito diz tudo.
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