Em um suplemento especial sobre o Brasil publicado nesta sexta-feira, o jornal britânico The Guardian questiona até que ponto o crescimento da economia brasileira se deve ao governo Lula, ou se o presidente seria um "herói acidental".
Em um perfil de página inteira de Luiz Inácio Lula da Silva, o Guardian lembra que o presidente começou a vida como imigrante pobre, trabalhando de engraxate e lustrando sapatos em São Paulo aos 7 anos de idade.
"Meio século depois o ex-camponês imigrante ainda pode ver seu reflexo enquanto trabalha, mas a imagem é mais afiada: vem da piscina do Palácio do Planalto, a sede da Presidência em Brasília. Lula, como presidente Lula, encontrou seu futuro melhor."
A história do imigrante pobre que virou presidente é sedutora, afirma o jornal, "por conta do progresso econômico e social (do Brasil) desde que ele assumiu o poder".
"A inflação e a pobreza extrema diminuíram, o investimento e as exportações aumentaram e fala-se em um novo Brasil. Não é surpresa que o presidente seja popular em casa e festejado fora."
"A pergunta é se ele é o arquiteto ou meramente a figura de frente dessas mudanças. Alguns dizem que o Brasil é ingovernável, que tudo o que o presidente pode fazer é seguir as ondas e esperar o melhor."
O jornal pergunta então se Lula puxou o País para cima junto com ele, ou se tudo foi uma coincidência e ele, em outras palavras, teria sido apenas sortudo.
"As condições globais favoreceram o Brasil, entre elas o boom de exportação impulsionado pelo apetite da Índia e da China por soja, ferro e outras commodities. Décadas de investimento em biocombustíveis e a Petrobras, a companhia estatal de energia, estão agora rendendo frutos."
CautelaO Guardian diz que a eleição de Lula em 2002 "amedrontou os investidores de Wall Street, que o viam como um socialista radical", que adotaria políticas populistas e nacionalizaria a indústria, "arruinando a frágil recuperação" brasileira.
"Estavam errados (...). Em contraste com a retórica revolucionária do presidente venezuelano Hugo Chávez, ele adotou um tom reformista cauteloso", diz o Guardian.
"Longe de ser um herói socialista, Lula continuou as políticas ortodoxas do governo de (Fernando Henrique) Cardoso", desapontando os radicais do PT e agradando os investidores, de acordo com o jornal.
Segundo o jornal, cinco anos depois "a prudência fiscal e as políticas que agradam o mercado garantiram estabilidade econômica e crescimento sólido, mesmo que não espetacular. Os ricos estão mais ricos, mas, mais importante, os pobres estão menos pobres".
Mas se Lula se mostrou mais inteligente politicamente do que se imaginava, o jornal afirma que, no setor econômico, não se sabe se ele teve mais sorte do que inteligência.
Críticos alegam que Lula está fugindo das "dolorosas, mas necessárias" reformas tributária, previdenciária e trabalhista, diz o Guardian.
"A imagem internacional de Lula continua dourada. A história de vida atraente, os abraços de urso, o carisma: ele é visto como um progressista social fofo mas pragmático, no topo de um país finalmente realizando seu potencial."
O presidente é adorado por muitos brasileiros, mas até que ponto Lula é responsável pelo sucesso do Brasil, permanece uma "abstração", afirma o jornal. "Deixe que os historiadores discutam sobre a sorte. O que interessa é que o país está brilhando."
Em um perfil de página inteira de Luiz Inácio Lula da Silva, o Guardian lembra que o presidente começou a vida como imigrante pobre, trabalhando de engraxate e lustrando sapatos em São Paulo aos 7 anos de idade.
"Meio século depois o ex-camponês imigrante ainda pode ver seu reflexo enquanto trabalha, mas a imagem é mais afiada: vem da piscina do Palácio do Planalto, a sede da Presidência em Brasília. Lula, como presidente Lula, encontrou seu futuro melhor."
A história do imigrante pobre que virou presidente é sedutora, afirma o jornal, "por conta do progresso econômico e social (do Brasil) desde que ele assumiu o poder".
"A inflação e a pobreza extrema diminuíram, o investimento e as exportações aumentaram e fala-se em um novo Brasil. Não é surpresa que o presidente seja popular em casa e festejado fora."
"A pergunta é se ele é o arquiteto ou meramente a figura de frente dessas mudanças. Alguns dizem que o Brasil é ingovernável, que tudo o que o presidente pode fazer é seguir as ondas e esperar o melhor."
O jornal pergunta então se Lula puxou o País para cima junto com ele, ou se tudo foi uma coincidência e ele, em outras palavras, teria sido apenas sortudo.
"As condições globais favoreceram o Brasil, entre elas o boom de exportação impulsionado pelo apetite da Índia e da China por soja, ferro e outras commodities. Décadas de investimento em biocombustíveis e a Petrobras, a companhia estatal de energia, estão agora rendendo frutos."
CautelaO Guardian diz que a eleição de Lula em 2002 "amedrontou os investidores de Wall Street, que o viam como um socialista radical", que adotaria políticas populistas e nacionalizaria a indústria, "arruinando a frágil recuperação" brasileira.
"Estavam errados (...). Em contraste com a retórica revolucionária do presidente venezuelano Hugo Chávez, ele adotou um tom reformista cauteloso", diz o Guardian.
"Longe de ser um herói socialista, Lula continuou as políticas ortodoxas do governo de (Fernando Henrique) Cardoso", desapontando os radicais do PT e agradando os investidores, de acordo com o jornal.
Segundo o jornal, cinco anos depois "a prudência fiscal e as políticas que agradam o mercado garantiram estabilidade econômica e crescimento sólido, mesmo que não espetacular. Os ricos estão mais ricos, mas, mais importante, os pobres estão menos pobres".
Mas se Lula se mostrou mais inteligente politicamente do que se imaginava, o jornal afirma que, no setor econômico, não se sabe se ele teve mais sorte do que inteligência.
Críticos alegam que Lula está fugindo das "dolorosas, mas necessárias" reformas tributária, previdenciária e trabalhista, diz o Guardian.
"A imagem internacional de Lula continua dourada. A história de vida atraente, os abraços de urso, o carisma: ele é visto como um progressista social fofo mas pragmático, no topo de um país finalmente realizando seu potencial."
O presidente é adorado por muitos brasileiros, mas até que ponto Lula é responsável pelo sucesso do Brasil, permanece uma "abstração", afirma o jornal. "Deixe que os historiadores discutam sobre a sorte. O que interessa é que o país está brilhando."
fonte: site do terra.
* charge do Marco Aurélio
Um comentário:
Concordo. A história dirá. Um homem com o perfil como o de Lula mostra que ele lutou para entao desfrutar do tal 'deslanche econômico'. Negar o esforço empreendido pelo presidente e atribuir seu 'sucesso na vida' simplesmente a sorte, é o mais claro exemplo de como pensa a parcela desse país que não admite o atual momento e suas circunstâncias.
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