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A história é kafkiana. É absurda. Primeiro o Ministério Público Federal marca uma reunião para comunicar a imprensa os desdobramentos dos escândalos envolvendo o governo Yeda. Toda a mídia acompanha. Na reunião os procuradores afirmam que Yeda, seu marido e mais outros políticos estão sendo processados e mostram -- apenas mostram -- uma petição inicial de 1236 páginas. Indagados pela mídia sobre quais denúncias pesam contra a governadora Yeda, os dignos procuradores silenciam. Nada dizem.
Yeda parece o Joseph K do processo de Kafka. Ela está sendo processada, mas não se sabe do quê.
Nunca vi o MPF marcar reunião para dizer que está entrando com ação contra agentes públicos. Isso nunca aconteceu antes. Outro ponto estranho é que essa história já vazou em janeiro de 2009, quando o PSOL (sabe-se lá como?) avisou que essa bomba iria ser detonada. A sensação que transparece é que está tudo organizado. Eu não acredito que o pessoal do MPF tenha vínculos partidários, mas acredito que eles não tenham a devida maturidade, sensibilidade e responsabilidade para o cargo. A declaração de um deles ontem de que não se pode dar moleza revela exatamente isso. Errou o MPF exatamente por isso, ou se revela tudo ou não se faz reunião.
2 comentários:
Bom, meu desgosto com a véia não é segredo. Realmente não gosto dela e não consigo ver os méritos que o Popa vê na administração dela.
Mas que as coisas estão estranhas, estão.
Então tá... Vários membros deste desgoverno são pegos com a mão na butija, não há semana em que não apareça um novo escândalo e o MPF não pode dizer que não haverá molesa com as safadezas.O pior cego é aquele que não quer ver...
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