Márcio Pochmann presidente do IPEA e suas contradições.
A fraude na lenda da desigualdade
Artigo de Clovis Rossi na Folha de hoje. Não custa lembrar que Pochmann é o principezinho de uma certa esquerda.
O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), Marcio Pochmann, adere hoje à lenda da queda da desigualdade ao divulgar um "Comunicado da Presidência" no qual se afirma que "desigualdade e pobreza apresentam melhora histórica no Brasil".
Mais do que lenda, é fraude intelectual. O "comunicado" diz, com todas as letras, que o resultado se ampara apenas na Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE.
Como o próprio nome indica, o que se está medindo é apenas a renda derivada do emprego, do salário, não todas as rendas.
Voltemos agora ao Marcio Pochmann de antes de ser governo, em artigo para o jornal "Valor Econômico" publicado no dia 12 de julho de 2007.
"Em resumo, a parte da renda do conjunto dos verdadeiramente ricos afasta-se cada vez mais da condição do trabalho para aliar-se a outras modalidades de renda, como aquelas provenientes da posse da propriedade (terra, ações, títulos financeiros, entre outras)", escrevia então o hoje presidente do Ipea quando era apenas professor da Unicamp.
Qualquer criancinha de pré-escola sabe que essa frase vale hoje como valia em 2007, mas Pochmann não a incluiu no "press release" em que se anuncia o seu comunicado de hoje. Espero que tenha a integridade intelectual de fazer essa ressalva fundamental durante a entrevista coletiva on-line em que será anunciado o "comunicado".
Espero que acrescente também outro dado do artigo citado: "Verifica-se que, em 2005, a participação do rendimento do trabalho na renda nacional foi de 39,1%, enquanto em 1980 era de 50%. Noutras palavras, a renda dos proprietários (juros, lucros, aluguéis de imóveis) cresceu mais rapidamente que a variação da renda nacional e, por consequência, do próprio rendimento do trabalho".
Mais do que lenda, é fraude intelectual. O "comunicado" diz, com todas as letras, que o resultado se ampara apenas na Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE.
Como o próprio nome indica, o que se está medindo é apenas a renda derivada do emprego, do salário, não todas as rendas.
Voltemos agora ao Marcio Pochmann de antes de ser governo, em artigo para o jornal "Valor Econômico" publicado no dia 12 de julho de 2007.
"Em resumo, a parte da renda do conjunto dos verdadeiramente ricos afasta-se cada vez mais da condição do trabalho para aliar-se a outras modalidades de renda, como aquelas provenientes da posse da propriedade (terra, ações, títulos financeiros, entre outras)", escrevia então o hoje presidente do Ipea quando era apenas professor da Unicamp.
Qualquer criancinha de pré-escola sabe que essa frase vale hoje como valia em 2007, mas Pochmann não a incluiu no "press release" em que se anuncia o seu comunicado de hoje. Espero que tenha a integridade intelectual de fazer essa ressalva fundamental durante a entrevista coletiva on-line em que será anunciado o "comunicado".
Espero que acrescente também outro dado do artigo citado: "Verifica-se que, em 2005, a participação do rendimento do trabalho na renda nacional foi de 39,1%, enquanto em 1980 era de 50%. Noutras palavras, a renda dos proprietários (juros, lucros, aluguéis de imóveis) cresceu mais rapidamente que a variação da renda nacional e, por consequência, do próprio rendimento do trabalho".
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