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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bonsais, Flores e Jardins


Matéria da ZH de hoje sobre a assessora de Yeda, Walna Vilarins Menexes que foi indiciada por corrupção passiva pela PF. A linguagem cifrada diz respeito a flores, bonsais, jardins.

Assessora pessoal de Yeda é indiciada pela PF

Suspeita de envolvimento em fraudes em licitações de acordo com a Polícia Federal (PF), a assessora pessoal da governadora Yeda Crusius, Walna Vilarins Meneses, foi indiciada por corrupção passiva e formação de quadrilha.A PF acredita que a assessora tenha recebido propina de empresas ou pessoas beneficiadas por agentes públicos nas licitações.Ela esteve na sede da PF ontem por cerca de meia hora para prestar depoimento, mas se reservou o direito de ficar em silêncio. A defesa de Walna pediu ao superintendente da PF, delegado Ildo Gasparetto, autorização para que a assessora de Yeda entrasse e saísse do prédio pela garagem para evitar a imprensa. Ela é investigada em um dos 14 inquéritos instaurados a partir das apurações da Operação Solidária.Walna teve conversas flagradas enquanto a PF verificava suspeitas de que agentes públicos receberiam propina para direcionar licitações de obras públicas, especialmente em Canoas. Nos diálogos analisados, Walna falava com outros suspeitos, como Francisco Fraga, ex-secretário de Governo de Canoas, e Neide Viana Bernardes, que representa os interesses da empresa Magna Engenharia. A Magna seria uma das beneficiadas no esquema criminoso.Analistas da PF entenderam que termos como “bonsais”, “flores” e “jardins” usados nas conversas entre Walna e Neide visavam a encobrir tratativas de pagamento de propina. Um sócio da Magna, Edgar Cândia, e outro funcionário da empreiteira também já foram indiciados no mesmo inquérito.


A investigação
- A Operação Solidária é um conjunto de 14 inquéritos abertos pela Polícia Federal para investigar suspeitas de fraude em licitações de obras rodoviárias, de saneamento, de barragens e no fornecimento de merenda escolar por prefeituras.

Contraponto


O que diz Norberto Flach, advogado de Walna
As conversas tratam exatamente de plantas, bonsais. A suposta linguagem cifrada cai por terra ao ouvir a integralidade dos áudios.

Um comentário:

charlie disse...

Quando monitorando escutas no tempo da civil, era comum os traficantes se referem a CD para cocaína e DVD para maconha. Ou talvez fosse o contrário, não lembro. Falava-se em "gravar" CD, "queimar" DVD, e assim por diante. Outros usavam modelos de carro, ou usavam termos genéricos como troço ou coisa. Me parece natural que bandidos não digam o nome do delito a ser cometido por telefone. Coloncando no contexto da conversa, todavia, os códigos se tornam evidentes.