'Ventos da Guerra'

Cúpula da Unasul chega ao fim sem consenso sobre bases dos EUA na Colômbia

Hoje, na cúpula da Unasul, Hugo Chávez fez um discurso não programado -- para variar -- e disse que "ventos da guerra começam a soprar".

O governo da Suécia já disse: armas do exército venezuelano foram encontradas com as FARC. Os Suecos não fariam tal declaração por acaso. A Colômbia é um país em guerra civil, Venezuela e Equador apoiam justamente aqueles que querem derrubar o governo Uribe.

Uribe quer solidificar o Plano Colômbia e destinar bases para militares americanos. O presidente colombiano mantém o compromisso de que o objetivo é apenas o controle do narcotráfico. Evidentemente que no "pacote" está o combate às FARC.

Interesses divergentes estão no ar. Os ventos sopram.

A Colômbia não compareceu à reunião da UNASUL, porque seu governo não mantém relação com o Equador de Correa, anfitrião do evento. Uribe fez bem em se encontrar com os presidentes Calderón, do Mèxico e Obama dos EUA, sendo que a pauta principal deste encontro foi os problemas com a gripe A. O Brasil conta com mais de 200 óbitos. E a tendência é que aumente radicalmente.

Lula e Cristina K., hoje na reunião da Unasul, fizeram uma proposta sensata. Ambos afirmaram que Uribe deve ser ouvido em local neutro, como Buenos Aires, numa reunião extraordinária da Unasul, na qual participaria, também, Obama.

Bom senso não faz mal a ninguém.