Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


domingo, 23 de agosto de 2009

Dúvida Atroz


O domingo está bonito e voltei de viagem rápida ao interior - fui sexta e voltei sábado. Gosto de ficar domingo em Porto alegre. Passei a semana inteira fazendo propaganda a favor do SIM do Projeto Pontal do Estaleiro aqui no Depósito.


Dei uma volta rápida pela cidade, com meu cachorro Trosco, parece que nada de importante acontece. De fato, nada importante acontece. As pessoas não estão nem ai para a tal Consulta Popular, idéia de um prefeito vacilante e que quer ser governador -- e talvez se eleja com o meu voto.


O David Coimbra talvez tenha razão quando afirma:


Por que não votar neste domingo


Direi agora por que não vou votar no plebiscito deste domingo. Não é porque vou à missa, que domingo é dia de ir à missa. Nunca vou à missa. Até já fui.

(...)

Porque esse plebiscito não decide nada – já está decidido que só vão ser construídos prédios comerciais no Pontal. Também não é referendo para nada – se alguém quiser mudar as regras de construção na orla do Guaíba, terá de enfrentar todos os trâmites legais de novo. O plebiscito não passa de um capricho político da prefeitura. Uma veleidade que custa mais de meio milhão de Reais, importância que poderia ter levantado um posto de saúde ou melhorado as condições de dezenas de escolas. Por isso, o meu não-voto. Não fazer, cruzar os braços, não falar, tudo isso pode ser um protesto. Quero que esse plebiscito seja um fracasso. Quero dizer a quem articulou esse plebiscito que eu o desaprovo – ao plebiscito. Que acho um desperdício, quase uma afronta. O não-voto às vezes é mais eloquente do que o voto. É um grito. Não votarei para senador, não votarei no plebiscito de hoje, não irei à missa, não vou comer galinha com arroz e muito menos assistir a programas na TV. Vou ao jogo do Grêmio. Antes ver o Celso Roth do que endossar a demagogia.


Essa é minha dúvida atroz. Votar ou não votar, eis a questão?


Juro que pensei na Venezuela onde a votação não é obrigatória e a maioria silenciosa resolveu se omitir do processo democrático.... E o que aconteceu?

O chavismo é que dá as cartas do jogo.


Eu não quero ver Porto Alegre dominada por minorias participativas que se utilizam de uma mentira -- dizer que a orla vai ser privatizada -- para cativar os votos dos desconfiados e incautos portoalegrenses.


Enquanto Rubinho Barrichelo ganhou o prêmio da Europa, eu já decidi: vou votar no SIM.

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