Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


domingo, 17 de janeiro de 2010

O Afeganistão das Américas



 Abro a internet - neste domingo nublado sem praia -  e vejo a foto acima de uma mulher que passou 5 dias embaixo de escombros. Ligo a TV e vejo hordas de pessoas mal nutridas a procura de alimentos em prédios que podem cair a qualquer momento. Leio nos jornais páginas e páginas dos nossos correspondentes sobre as mazelas do "Afeganistão das Américas", como disse ontem o Clóvis Rossi na Folha. Se existe um país do mundo onde aconteceu tudo errado é o Haiti, um país onde os colonizadores, os franceses, foram embora legando o país aos escravos africanos e as ditaduras corruptas e criminosas do século passado. O interessante, nessa trágica história, é que dezenas de funcionários que trabalhavam para a ONU morreram porque os prédios de material  desabaram, como ocorreu com os melhores hotéis. Dona Zilda Arns morreu numa igreja. O palácio presidencial está em ruínas. Este é o grande paradoxo, no  Haiti da miséria extrema, onde o estado não existe, a tragédia do terremoto não atingiu apenas a população miserável, ela atingiu a todos, inclusive aqueles que habitavam os melhores e, teoricamente, mais seguros prédios e que estavam ali por solidariedade.  

2 comentários:

Fábio Mayer disse...

O Haiti tem que ser reconstruído do nada absoluto, porque não há sequer uma ptencialidade econômica lá a ser explorada.

Penso que uma força e um fundo internacional terão que reorganizar o Estado haitiano, além de começar a procurar duas coisas importantíssimas:

a) potencialidade econômica: já se falou em cana e açúcar, vez que o país devastou todas as suas florestas e há terras cultiváveis;

b) reparação ambiental: será necessário pelo menos reconstituir uma parte mínima das florestas e desassorear rios, para alavancar o progresso do país.

Este é um caso que demandará ações internacionais muito mais profundas mesmo que as do Afeganistão, porque se não feitas, países como a República Dominicana, Cuba, Venezuela, etc... soferão seríssimos problemas com refugiados.

charlie disse...

Eles precisam de um choque econômico. Algo parecido com a China: mão de obra barata, incentivos fiscais, controle central frouxo. Abrir fábrica ali tem que ser fácil, barato e lucrativo.

E menos de uma década o país vai viver seu melhor momento.