Não sou penalista, não analisei o caso concreto. O que sei é o que a mídia está revelando. A grande acusação contra Daniel Dantas -- e parece haver uma 'prova provada' - é a de que ele tentou subornar o pessoal da Polícia Federal para que seu nome e de seus parentes não fossem investigados. Pessoas de seu círculo participaram de complicadas reuniões. Era tudo uma emboscada da Polícia Federal. Um dos comparsas -- que tinha quase 900 mil reais em sua casa -- resolveu abrir o bico. Não sou criminalista, mas posso dizer que essa é uma prova grave. Sei disso pela grande mídia que tem tido acesso aos dados do processo e que está acompanhado o caso de cima. Não acredito que ela esteja manipulando as informações. Gilmar Mendes mandou soltar duas vezes Daniel Dantas e criticou o Juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Alguns juristas aplaudem a decisão de Mendes, mas as entidades de classe, os Juízes Federais, o pessoal do Ministério Público Federal ficaram indignados, porque está ali na Carta da República que um Juiz deve ter autonomia. Mas também está dito na Lei Maior que o Supremo é o guardião e tradutor da Constituição. E o Dantas é muito poderoso e fica planando e circula sorrateiro em cima de tudo isso, mandando interlocutores de todas as espécies para falar em nome dele às autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, inclusive Polícia Federal. Dantas é esperto e contratou o ex deputado Luiz Eduardo Greenhalgh - petista, ligado ao círculo de Lula e advogado de petistas -- exatamente para saber o que a Polícia Federal estava tentando fazer contra ele. Tudo está a indicar que essa é sua prática de vida. Foi assim que ele gananciosamente construiu seu império. E é assim que Dantas resolve seus problemas: pagando, subornando, corrompendo. Dantas é o legítimo dono do poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário