Não se passaram 24 horas e o Estadão – um órgão do PIG – correu em socorro a Meirelles. Vejam na capa do diário dos Mesquita (ou já seria da família Marinho/Globo?) de hoje, acima.
Trataram de produzir um ambiente (artificial, por supuesto) onde o Banco Central estaria preocupado com irregularidades no banco de Daniel Dantas, agora réu num processo judicial onde é acusado de lavagem de dinheiro, desvio de moeda para o Exterior, suborno a autoridade pública, formação de quadrilha e crime contra a economia.
O BC – uma instituição autônoma de facto e capturada pelos banqueiros, rentistas e especuladores – , até ontem, foi incapaz de detectar qualquer irregularidade nas atividades heterodoxas da casa bancária do réu Daniel Dantas.
Isso, por si só, coloca sob suspeita de atividade criminosa solidária toda a atual diretoria (tucana) do Banco Central do Brasil.
Eis, pois, mais uma linha de investigação para a Polícia Federal na Operação Satiagraha. Se é que esta não tenha sofrido um golpe de abafa dos presidentes Lula e Gilmar – agora coligados sob a hegemonia do tucano.
Eu não compro esse pão sovado.
Uma coisa é decorrência da outra. O Bacen apenas fiscaliza o dinheiro vivo ou eletrônico que circula no país. Não cabe ao BACEN checar se a origem do dinheiro é sujo ou limpo. Quem tem esse poder de polícia é a Polícia Federal. Se houve lavagem de dinheiro ou se houve remessa de dinheiro ao exterior sem passar pelo BACEN é questão que deve ser investigada, exclusivamente, pela Polícia Federal. Com base nessas investigações é que o BACEN tem agora que investigar todas as operações realizadas pelos fundos do Opportunity. O BACEN tem que se manter como órgão técnico, como ocorre em todos os países socialmente desenvolvidos. O BACEN não pode ser gestor político do partido de plantão, como defende certa esquerda. Ele tem que ser autônomo e técnico e fiscalizar. E fiscalizar bem.
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