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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aracruz, o Cassino e as Versões


Outra notinha do diário gauche, dessa vez sobre a Aracruz que investe pesado no Estado do RS.


Ex-diretor da papeleira conta tudo. Vale conferir a entrevista do ex-executivo da Aracruz concedida ao Estadão de hoje. O senhor Isac Zagury cuidava dos investimentos não-operacionais da papeleira, eufemismo para a atividade de player irresponsável do vídeo-pôquer financeiro da temerária empresa.Ele conta tudo, diz que todos sabiam de tudo, inclusive os acionistas (Banco Safra, Votorantim, etc). Revela que de 2004 a 2008, a papeleira ganhou US$ 350 milhões na especulação da BM&F.Como se vê, a Aracruz Celulose era uma papeleira dublê de cassino.A matéria do Estadão é aberta, qualquer um de nós pode ter acesso, basta clicar no Estadão Digital e procurar o caderno de "Economia & Negócios".Uma matéria dessas jamais sairá no jornal Zero Hora, que no RS cuida zelosamente dos interesses da papeleira & cassino eletrônico.
Minha espinafrada:
Não vamos ser simplistas e ingênuos. Qualquer grande empresas joga seus ativos no mercado de ações que rende muito mais, mas em contrapartida existem os riscos. Uma empresa e sobretudo a grande empresa tem sim sua função social e não pode aplicar seus ativos no mercado de ações no percentual que a Aracruz investiu. Existe sempre um determinado limite. Por exemplo, os fundos de pensão que devem necessariamente diversificar seus investimentos, o limite é de 20% (Resolução 3121 do CMN, art. 16). Se não estou enganado, esse diretor financeiro da Aracruz foi sumariamente demitido da empresa. A versão que ele conta é a dele que está apenas tentando defender o seu lado. Será ela a verdadeira?

2 comentários:

PoPa disse...

É fato que um especulador é um ser equivalente a um apostador. Vai crescendo a ganância a ponto de não ter controle. Não acredito que a empresa e seus acionistas soubessem do nível de aposta que estava em curso. Claro que as empresas fazem aplicações de seus ativos, mas apostas é um pouco difícil de acreditar que houvesse consenso de todos! Apesar desta crise parecer ter sido uma coisa atípica, para os leigos, o pessoal de mercado sabia que estava para estourar alguma coisa. Cabia proteger-se e esta empresa não fez isto.

Carlos Eduardo da Maia disse...

A Aracruz errou feio e acho também que faltou fiscalização por parte da empresa. O diretor financeiro investe onde ele bem entende. Não é necessário fazer reuniões e reuniões para saber onde aplicar...