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Melvin Sokolsky
A atual crise sepultou definitivamente o ideal de que o mercado tem todo o direito de circular livremente por ai. É impensável hoje um mercado sem normatização, fiscalização e transparência. E a crise fez quebrar os saltos altos do G8. Era impensável há 3 meses que sairia em Washington uma reunião do G 20 para decidir sobre regulamentação dos mercados. O ideal keynesiano deve ser aplicado exatamente neste ponto, na necessidade de regulação. Mas existe diferenças significativas entre o mundo de hoje e o de Bretton Woods. O Estado moderno tem um controle fiscal muito maior, ele não pode simplesmente abrir a torneira do gasto assim no mais, sem contrapartidas e obrigações do outro lado. É preciso evitar os riscos e as "incertezas", sobretudo com dinheiro público. Os Estados nacionais modernos, sobretudo no mundo emergente nos BRICS da vida, tem que se estruturar -- e se estruturar bem -- para avançar nos novos tempos de controle, transparência e fiscalização dos mercados. A atual crise pode ter interessantes efeitos.
2 comentários:
Ninguém me convenceu ainda de que a crise foi gerada por falta de regulamentação, ou que ao menos essa é a principal causa. Pelo contrário, conseguiram identificar atuação idiota do Estado na questão imobiliária americana.
Mas houve falta de fiscalização do Estado na questão imobiliária.
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