O Rio Grande do Sul ingressa numa nova polêmica. O governo Yeda quer fazer um temo aditivo prorrogando a concessão das rodovias pedagiadas com as empresas que estão operando desde o governo Britto. O governo resvala. Anunciou uma medida e depois voltou atrás e retirou -- com razão -- dois novos postos de pedágio. Quem vai de Porto Alegre até Pelotas paga uma fortuna em pedágio. O acesso ao Porto do Rio Grande custa uma grana danada. Todo mundo reclama.
Uma coisa é certa, as estradas pedagiadas estão em muito melhores condições do que as estradas sem pedágio. Não há como ser contra os pedágios. Se pedágio fosse danoso, as rodovias européias não teriam pedágio. O pedágio mais justo é o que existe na Itália. O sujeito entra na rodovia em Milão e sai em Roma e paga exatamente pelo que usou, mas lá diferente daqui existe sempre a possibilidade do sujeito utilizar as necessárias vias alternativas.
Foi no governo Britto que os pedágios começaram a ser utilizados no RS, com certo atraso. Houve acertos e houve equívocos, mas errou o governo ao não exigir que as concessionárias assumissem compromissos para duplicar e melhorar as rodovias. É exatamente nesse sentido que o governo da Yeda está tentando corrigir. Dessa vez, nenhum dinheiro estatal, mas apenas aqueles arrecadados pelo pedágio, vai ser utilizado para melhorar as rodovias. A filosofia é certa.
O que está errado é o preço do pedágio que realmente é muito elevado e a ausência de rodovias alternativas. Não seria melhor fazer uma nova licitação, como fez o governo federal, com bastante êxito?
4 comentários:
A única função do Estado, nestes casos, seria a de fiscalização. Mas, como todos sabem, não é feito. Pelo menos a Ecosul faz o que quiser e nada acontece.
Existe uma diferença fundamental entre liberalismo capitalista e anarquia. Este tipo de coisa faz com que pessoas desenvolvam ojeriza ao "capitalismo"...
A título de exemplo: entre Pelotas e POA existe um posto de pedágio destinado ao trecho entre Pelotas e Bagé. Manobra malandra: como é muito menor o número de usuários entre Pelotas e Bagé, resultado em uma arrecadação inferior a Ecosul achou mais negócio onerar os usuários da BR 116 que muitas vezes nunca foram até Bagé!
Nos postos da Ecosul, além de inexistir uma via alternativa, colocaram um posto no centro de uma localidade urbana, e muitas pessoas ainda tem que pagar se quiserem ir de carro de um lado ao outro!
E muitas outras historinhas... Onde está o Estado em sua única função de fiscal? Corrompido, claro.
A Yeda deveria fazer uma nova licitação, mas só pode fazer isso em 2.013. É complicado. O estado tem que fazer contratos melhores e que atendam, também, o interesse público. Tem que haver sim a contrapartida da concessionária em realizar obras de melhorias, sobretudo duplicação.
Com certeza, e uma pressão por parte da população também nunca é demais. Somos os usuários, somos a demanda. Quem dá as cartas, em tese, somos nós.
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