Vista Aérea de Porto Alegre. A cidade tem um imenso potencial, mas patina nas algemas da burrice ideológica.
A cultura do impasse, por Ricardo Sondermann*
Proponho um convite para que pensemos juntos: quantos projetos, obras, leis e iniciativas estão hoje parados na cidade de Porto Alegre e no Estado? São idéias postas em discussão que repousam em pesados processos à espera de definição. O Cais do Porto, desejado por todos, tramita há 12 anos; o indispensável Teatro da Ospa aguarda há pelos menos cinco anos, ao lado do Plano Diretor, a ampliação da pista do aeroporto, o Pontal e tantos outros projetos capazes de levar a cidade ao crescimento. Existem ainda temas recorrentes, como o comércio aos domingos, os pedágios, as fontes renováveis de energia, os centros comerciais e supermercados com área superior a 2,5 mil metros quadrados, os milhares de EIA-Rimas, as audiências públicas. Há muita coisa estagnada por anos e décadas, sem que consigamos chegar a um consenso e fazer acontecer.Tudo faz parecer que nossa democracia parou em algum lugar. De tanto termos opiniões sobre tudo, menor ficou nossa capacidade de produzir entendimentos. Não conseguimos juntar forças para crescer, mas nos especializamos em reunir turmas para impedir qualquer coisa. Será que ainda somos competentes para produzir consensos?Nestes dois últimos anos, Porto Alegre sediou um evento de dimensões mundiais, o Fronteiras do Pensamento. Por aqui passaram as melhores cabeças do mundo, com certeza. Homens e mulheres que são expoentes, que construíram em seus países e para suas comunidades experiências consagradas, marcaram seu entorno com o que de melhor se faz no mundo das artes, da política, cultura, e, mais importante, fatos e realizações concretas. Parece que é hora de inverter um tanto nosso hino, e que sirvam suas façanhas de modelo para nós.O que mais impede o crescimento é a falta de visão, é a inexistência de interesse em conhecer exemplos que funcionaram, mesmo que contrários à nossa forma de pensar. A ausência de visão cria o medo do novo, e esta conduta produz incompetência e arrogância. A resposta é a raiva e o ódio.Temos que mudar nossa forma de pensar. Ou nos entendemos no máximo possível de coisas, até como torcemos para “A” ou “B”, ou seguiremos imobilizados no caminho para manter-nos pequenos, insignificantes e irrecuperáveis. Que possamos transcender as fronteiras da vaidade e do egoísmo, e evoluir para uma democracia mais moderna, eficiente e produtiva. Que a cultura de gerar intermináveis discussões apenas para propor novos adiamentos e impasses, mude para decidir e fazer. Comemorar os acertos e reverter erros, mas que possamos sair dos inúmeros impasses que preenchem o campo das idéias e caminhar para o campo das realizações.
Proponho um convite para que pensemos juntos: quantos projetos, obras, leis e iniciativas estão hoje parados na cidade de Porto Alegre e no Estado? São idéias postas em discussão que repousam em pesados processos à espera de definição. O Cais do Porto, desejado por todos, tramita há 12 anos; o indispensável Teatro da Ospa aguarda há pelos menos cinco anos, ao lado do Plano Diretor, a ampliação da pista do aeroporto, o Pontal e tantos outros projetos capazes de levar a cidade ao crescimento. Existem ainda temas recorrentes, como o comércio aos domingos, os pedágios, as fontes renováveis de energia, os centros comerciais e supermercados com área superior a 2,5 mil metros quadrados, os milhares de EIA-Rimas, as audiências públicas. Há muita coisa estagnada por anos e décadas, sem que consigamos chegar a um consenso e fazer acontecer.Tudo faz parecer que nossa democracia parou em algum lugar. De tanto termos opiniões sobre tudo, menor ficou nossa capacidade de produzir entendimentos. Não conseguimos juntar forças para crescer, mas nos especializamos em reunir turmas para impedir qualquer coisa. Será que ainda somos competentes para produzir consensos?Nestes dois últimos anos, Porto Alegre sediou um evento de dimensões mundiais, o Fronteiras do Pensamento. Por aqui passaram as melhores cabeças do mundo, com certeza. Homens e mulheres que são expoentes, que construíram em seus países e para suas comunidades experiências consagradas, marcaram seu entorno com o que de melhor se faz no mundo das artes, da política, cultura, e, mais importante, fatos e realizações concretas. Parece que é hora de inverter um tanto nosso hino, e que sirvam suas façanhas de modelo para nós.O que mais impede o crescimento é a falta de visão, é a inexistência de interesse em conhecer exemplos que funcionaram, mesmo que contrários à nossa forma de pensar. A ausência de visão cria o medo do novo, e esta conduta produz incompetência e arrogância. A resposta é a raiva e o ódio.Temos que mudar nossa forma de pensar. Ou nos entendemos no máximo possível de coisas, até como torcemos para “A” ou “B”, ou seguiremos imobilizados no caminho para manter-nos pequenos, insignificantes e irrecuperáveis. Que possamos transcender as fronteiras da vaidade e do egoísmo, e evoluir para uma democracia mais moderna, eficiente e produtiva. Que a cultura de gerar intermináveis discussões apenas para propor novos adiamentos e impasses, mude para decidir e fazer. Comemorar os acertos e reverter erros, mas que possamos sair dos inúmeros impasses que preenchem o campo das idéias e caminhar para o campo das realizações.
*Empresário
Artigo publicado hoje na Zero Hora.
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