Fórum Social Mundial 2010 Vai Ser em Porto Alegre e Daí?

Os 'dã da vida' marchando no primeiro fórum social mundial.

Participei timidamente do primeiro Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, RS, no verão mormacento de 2001. Lembro de ter escutado com razoável atenção a uma palestra do professor português Boaventura de Souza Santos, na PUC-RS, e que disse algo muito certo e que nunca mais saiu da minha cabeça: hoje a luta é pela inclusão social dos excluídos, foi-se o tempo dos explorados e dos exploradores. Na época, fiquei sentado ouvindo, não aplaudi de pé o discurso, mas ele ficou na minha memória.

Foi a única coisa boa e interessante que ouvi, vi e li sobre o Fórum Social Mundial. O slogan até é bonito: um outro mundo é possível. Eu também acredito e rezo todos os dias para um outro mundo melhor e possível. Mas que mundo é esse, cara pálida?



Hoje, passados mais de oito anos do episódio e sabedor de que no ano que vem, em 2.010, o Fórum Social Mundial vai ser realizado - novamente -- não só em Porto Alegre, mas nos municípios que compõe a grande POA -- para satisfazer, of course, os interesses dos prefeitos petistas da região.

Diante de tão alvissareira notícia, este humilde blogueiro não comemora, não solta fogos e nem abre garrafas de champanhe, ou melhor de espumante.



Que boas novas pode trazer a Porto Alegre o Fórum Social Mundial? Um evento que nunca tem cartas, que nunca dá alternativas, que nunca lançou nenhum manifesto, que é apenas retórico e nada mais além de retórico? É um encontro que a extrema esquerda arranjou para trocar figurinhas. E chegam aqui, na nossa cidade provinciana, os movimentos anticapitalistas, antiglobalização, onde o radicalismo de uma certa intolerância toma conta. A grosso modo, é o encontro da patota da esquerda burra, da esquerda atrasada, da esquerda retrógada, rançosa, ressentida. Um meeting da esquerda amargurada. E não tenham dúvidas: eles vão vaiar a Yeda, o Fogaça e o Serra e aplaudir o Chávez, a Dilma e a Helô Helena.

E o troglodita vai aterrisar aqui e falar por 4 horas num Gigantinho lotado com o pessoal da grife Guevara, vociferando os últimos chavões contra os falcões do império e as elites latino americanas.

Comemorar o quê? O encontro de seres retrógados que vão movimentar (será que vão mesmo) os hoteis e restaurantes de Porto Alegre?

Eu fora.