Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Lógica dos Desconfiados



O Angeli ontem na Folha divulgou a charge acima. Ela traduz muito bem o sentimento de desconfiança de parte do povo brasileiro em relação às olimpíadas em 2.016 no Rio de Janeiro.

Os desconfiados pensam com a seguinte lógica: isso não vai dar certo, porque sempre se superfaturou neste Brasil e as Olimpíada serão excelente oportunidade para os abutres dos empreiteiros e para os falcões dos políticos corruptos.

Muito melhor, pensam os desconfiados, investir essa vultosa grana na construção de escolas, postos de saúde e penitenciárias.

Nem sempre os desconfiados têm razão.

A legislação brasileira vem apertando o cerco no controle dos contratos públicos. Recentemente o Tribunal de Contas da União impugnou uma série de obras do PAC, por supostas irregularidades. Está escrito na lei, toda a obra pública deve ser precedida de licitação e os contratos administrativos devem seguir os princípios da transparência, isonomia e do controle público. E hoje, com a internet, qualquer cidadão brasileiro pode ter acesso aos gastos publicos e ao controle dessas despesas 24 horas por dia, on line, porque os dados estão ali para serem controlados e fiscalizados.

O Brasil enfrenta, desde já, o desafio olímpico de mudar radicalmente o controle e a fiscalização das obras públicas. Tudo tem de estar on line. Não pode haver nenhum tipo de sigilo em relação aos contratos administrativos a serem celebrados entre poder público e o empreiteiro que ganhou a licitação pelo melhor preço.

Além do mais, essas obras públicas -- que não devem ser apenas ao complexo esportivo, mas também de melhorias na qualidade de vida da população carioca -- vão também capitalizar outros negócios, vão impulsionar investimentos, vão atrair turismo e poderão trazer -- é o que esperamos -- um novo impulso no nosso estático IDH.

3 comentários:

Anônimo disse...

Aparentemente você irá discordar, Maia, mas conforme comentei com meu pai: Fazer as olimpíadas no Rio é como fazer as olimpíadas no Iraque. A diferença é que no Iraque você tem o todo-poderoso exército americano para o proteger. No Rio, você tem a polícia carioca...

senna madureira disse...

Maia, velho amigo

A Folha de São Paulo esta exagerando sua posição critica contra a cidade do Rio de Janeiro.

Errou e perdeu o foco

O alvo da Folha não pode ser uma inteira cidade e seu povo.

Olimpíadas, nos dias de hoje, é negócio, um grande negócio.

Ficar com bairrismo barato é vergonha pura.

Fizemos o Pan, vamos fazer a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

End of history

Carlos Eduardo da Maia disse...

Zefiro e Senna, o Brasil e o Riiio, como disse no post, tem o trabalho hercúleo de melhorar a questão da segurança para 2.016. No Pan andou tudo direitinho. Ainda teremos a copa de 2.014 e as olimpíadas em 2.016.