Os Zés, Serra e Fogaça.
Mil desculpas pelo título deste post acima, mas Fogaça (PMDB, ex prefeito de Porto Alegre-RS) é mesmo um baita medroso, um tremendo bunda mole. Ele perdeu a eleição por causa disso, porque ele não tem posição, ele não gosta de se comprometer, é um medroso.
Hoje, finalmente, Fogaça se encontrou com José Serra e não declarou seu apoio ao candidato tucano.
Segundo o site Terra:
Interlocutores de Fogaça asseguram que se ele abandonar a neutralidade será em favor do tucano. Segundo esses interlocutores, Fogaça teria ficado "chateado" com a postura de Dilma na campanha do primeiro turno da eleição estadual. Inicialmente, Dilma cogitou a possibilidade de ter dois palanques no Rio Grande do Sul (do PT e do PMDB). Mas diante da neutralidade de Fogaça e de parte da cúpula peemedebista e do apoio da maioria dos deputados do PMDB gaúcho a Serra, a petista pediu votos e fez campanha aberta para o candidato de seu partido ao governo, Tarso Genro, que acabou vencendo a eleição no primeiro turno.
4 comentários:
Eu tenho uma opinião mais simples: Fogaça está sendo pressionado pelo nosso PMDB gaúcho, anti-petista até a raiz dos cabelos, a apoiar Serra.
E ele não quer. Talvez queira apoiar Dilma.
Pra fazer isso, teria que mudar de partido.
Daí vem a postura de bunda-mole.
Fogaça tem perfil de eleitor de Dilma.
Eu olho o comportamento do PMDB pelo Brasil afora e fico imaginando se o governo (a coligação PT-PMDB) venceu mesmo a eleição parlamentar com a margem absurda de votos alardeada.
Há senadores e deputados do PMDB apoiando Serra abertamente, aversos ao PT. O que significa que, apesar da dupla PT-PMDB ter vencido as eleições legislativas, não necessariamente terá a folga pretendida, especialmente no Senado, para aprovar coisas como a volta da CPMF, cuja proposta é certa e será feita no início do ano que vem, vença Serra, vença Dilma.
O fascismo à brasileira
Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.
Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.
Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.
Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.
Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.
Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.
No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.
Guimas e Fábio, Fogaça apoia Serra, mas não tem coragem de admitir, porque é um medroso. Foi medroso quando governo Porto Alegre, o caso do Pontal do Estaleiro foi emblemático, porque poderia ter feito um grande espaço para todos os portoalegrenses sem ônus para a prefeitura, mas preferiu consultar a população. Resultado, o PT foi contra e conseguiu 1,8% da população para votar contra o Pontal.
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