Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pega na Mentira



Este Blogueiro é francamente favorável à descriminalização do aborto e considera uma grande hipocrisia essa falsa discussão que a sociedade brasileira está vivenciando sobre esse polêmico tema.

A verdadeira discussão não é sobre o aborto, mas sobre mentiras e verdades. Ou melhor,  não parece concebível e confiável  que um candidato ou uma candidata a presidente da república diga uma coisa em 2007 e diga outra inversamente oposta em 2010, apenas porque é ano de eleição. O vídeo acima retirado de uma sabatina do UOL Folha mostra Dilma dizendo que é favorável à descriminalização do aborto e não se trata de invenção. E agora, no período eleitoral,  ela tenta posar de santinha dizendo que não era bem aquilo e coisa e tal e que nunca foi favorável ao aborto. O vídeo acima desmonta totalmente essa tese.

5 comentários:

Diego Corte disse...

Quer mais, Maia?

Então veja:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/nossa-senhora-da-tamborilacao/

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guimas disse...

É perfeitamente possível ser contra o aborto e a favor da descriminalização do aborto. São duas coisas diferentes.

Só a torcida do Serra que não entendeu isso. É falta de esperteza ou má-fé.

Eu, por exemplo, sou radicalmente contra as drogas, mas acho que a descriminalização da maconha seria uma coisa boa.

São coisas diferentes. A Dilma não está se contradizendo.

E, vamos ser francos. Serra já se contradisse várias vezes. Onde está a crítica a confiabilidade de Serra?

charlis foxtrot disse...

Anyway, continuaremos alinhados o que o planeta produz de pior. Dona Dilma vai continuar o grande trabalho diplomático do barbudinho enquanto nós aqui do sul vibraremos com entusiasmo sob a liderança de um maoísta perdido no tempo.

Diabo.

Fábio Mayer disse...

Se a gente for pegar candidato se contradizendo, passamos o dia aqui só com Serra e Dilma.

O que muita gente esquece é que o aborto já existe no Brasil, em situações pontuais. Ou seja, o argumento religioso não vale mais porque ele prega a proibição total, mesmo porque as igrejas entendem que:

a) sexo fora do casamento e não para procriação não é aceitável;

b) o filho advindo de qualquer relação, mesmo violenta e criminosa é obra de Deus e não pode ser evitado.

Enfim, as igrejas perderam essa batalha já há bastante tempo, mais precisamente com o Código Penal de 1946.

O que me irrita é essa bobagem de ser "em favor da vida". Eu também sou "em favor da vida" até poeque não pretendo morrer tão cedo. Esse debate virou algo mediocre, para atingir o brasileiro médio que é um mediocre, a verdade é esta.

Anônimo disse...

O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.

Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.

À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.

Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.