Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Que Bom Que Não Vi o Debate da Record


Tomei conhecimento do debate da Record hoje de manhã pela Internet. Li que os casos Erenice e Paulo Preto foram os temas principais. Que bom que não vi o debate. Com todo o respeito, mas acho a Dilma o fim da picada. E quando ela fala que o Serra vai privatizar o pré sal -- e tem gente que acredita nessa baboseira -- dá vontade de tomar um leite de magnésia. É muita dor no estômago. E não dá para se comparar o caso Paulo Preto (não tem nem inquérito policial) com o caso Erenice. Erenice era braço direito de Dilma. Paulo Preto e Serra mal se conheciam. Paulo Preto teria (porque não se  sabe se isso é verdade)  desviado R$ 4 milhões da campanha de Serra (quem foi o prejudicado???) e Erenice fez sim tráfico de influência na Casa Civil comandada por Dilma. O caso Erenice é muito mais grave do que o caso Paulo Preto e foi uma forma que Dilma achou para evitar o desgaste com a crise de sua braço direito. E o que é mais irritante é que este imenso  Brasil alienado e inconsciente está caindo no conto da Dilma. Cada vez que vejos os debates mais eu chego a conclusão que este país é mesmo muito ignorante.

7 comentários:

Anônimo disse...

Maia...
também não vi o debate...
só porque não aguento mais tanta hipocrisia e falta de informação...
a eleição virou brincadeira...
de queda de braço...mas parece um circo...um circo de ilusões...
Eu não aguento a Dilma...e tenho medo do reacionário PT...

Beijos
Leca

guimas disse...

Assim fica fácil.

O caso Erenice também nem tinha inquérito, mas a mídia desencavou a coisa e a PF está investigando.

Comparado com o caso Paulo Preto, que não tem inquérito, ninguém quer investigar, Serra nem conhecia ele... Ou seja, esqueçam! Foco nos problemas do PT.

Onde está a Veja para investigar o caso Paulo Preto? e a Folha? Por que não se investiga mais? E o Estadão, com seus excelentes jornalistas?

Eu respondo: não há conveniência política. A Veja, o Estadão e a Folha querem varrer o assunto para baixo do tapete.

E o dono do Depósito usa este argumento em defesa de Serra.

Me passa o leite de magnésia ai, faz favor...

Anônimo disse...

Cerqueira Leite: Uma atuação “pífia”

26 de Outubro de 2010 – 9h13

Genéricos e outros mistérios

Como consequência da Guerra das Malvinas, quando a Argentina, por ter abdicado da produção própria de fármacos, ficou desabastecida de medicamentos, o governo militar brasileiro aprovou um programa, por mim proposto, de desenvolvimento dos princípios ativos (fármacos) dos 350 remédios constituintes da farmácia básica nacional.

* Por Rogério Cezar de Cerqueira Leite, na Folha, via Vermelho

Estimava-se que, em dez anos, seria possível desenvolver, por engenharia reversa, pelo menos 90% desses produtos. De fato, em pouco mais de três anos, cerca de 80 processos já haviam sido desenvolvidos e 20 produtos já estavam sendo produzidos e comercializados por empresas brasileiras.

O sucesso inicial desse projeto permitiu que fosse iniciada por mim, nesta Folha, uma campanha de esclarecimento sobre medicamentos genéricos, o que não teria sentido sem a produção própria de fármacos.

Precipitadamente, o governo Itamar Franco tentou lançar a produção de genéricos. O poderoso cartel de multinacionais de medicamentos se insurgiu. Ameaçou-nos de desabastecimento, de verdadeira guerra. Derrotou e humilhou o Ministério da Saúde.

Poucos anos depois, esse cartel não somente cedeu prazerosamente ao ministro José Serra, então na pasta da Saúde, como até fez dele seu “homem do ano”.

Seria o costumeiro charme do ministro? Seu sorriso cândido? Senão, qual o mistério?

Como consequência da isenção de impostos de importação para o setor de química fina, da infame lei de patentes e de outras obscenidades perpetradas pela administração FHC, mais de mil unidades de produção no setor de química fina, dentre as quais cerca de 250 relativas a fármacos, foram extintas. Além do mais, cerca de 400 novos projetos foram interrompidos.

Os dados foram extraídos de boletim da Associação Brasileira de Indústria da Química Fina. Em poucos anos, o deficit da balança de pagamentos para o setor saltou de US$ 400 milhões para US$ 7 bilhões. Quem acha que, com isso, Serra não merece o título de homem do ano das multinacionais de medicamentos?

Também os “empresários” brasileiros do setor de genéricos têm muito a agradecer ao ex-ministro da Saúde, pelas suas margens de lucro leoninas. Basta ver os imensos descontos oferecidos por quase todas as farmácias, que com frequência chegam a 50%. Os genéricos do Serra nada têm a ver com os genéricos que planejamos.

E o tão aclamado programa de Aids do Serra? É compreensível que todos os seres humanos, e talvez também o ministro Serra, tenham se comovido profundamente com a súbita e aterrorizante explosão da Aids. Que oportunidade sem par para políticos demagógicos!

A ONU homenageou o então ministro Serra pelo mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de Aids de todo o planeta. Países ricos, com PIB per capita dez vezes maiores que o nosso, ficavam muito aquém do Brasil. Como foi possível? E por que será que, nesse mesmo período, os recursos orçamentários destinados ao saneamento básico não foram usados?

O então dispendioso tratamento de um único doente de Aids correspondia à supressão de recursos para saneamento básico que salvariam centenas de crianças de doenças endêmicas, com base em uma avaliação preliminar. Será que Serra desviou recursos do saneamento básico? Mistério!

Mas persiste o fato de que, durante a administração Serra na Saúde, os recursos destinados ao saneamento, à época atribuídos a esse ministério, não foram aplicados.

Mesmo sem contar mistérios como aqueles dos “sanguessugas” e da supressão do combate à dengue no Rio, entre outros, considero pífia, eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde.

* Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 79, físico, é professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.

Fonte: Folha de S.Paulo

Carlos Eduardo da Maia disse...

Leca, eu também não aguento a Dilma e tenho medo do reacionário PT.

Guimas, Erenice foi ontem a Policia Federal e confirmou encontro com empresário que se utilizou do serviço de seu filho, lobista. Antes ela havia negado. Contra Paulo Preto não existe nada, nem inquérito nem nada. E contra Erenice já existe inquérito ela foi ouvida e se contradisse. O caso Erenice é muito mais grave do que o Paulo Preto.

Diego Corte disse...

Olá, Maia

Justamente por isso que não vi o debate, pois sabia que seria um embate de Erenice vs. Paulo Preto. Certeza que não perdemos nada. Usando a palavra de Marco Antonio Villa quando resumiu o debate (e assim podemos resumir toda a corrida presidencial de ambos os candidatos): ENFADO.

##

PoPa disse...

quem não assistiu, perdeu talvez uma das últimas oportunidades de ver alguém deixar Dilma abestada. Serra foi muito mais firme do que nos outros debates, chamou mentira de mentira, sem eufemismos. E ela tartamudeou, gaguejou, terjiversou... Valeu ter ficado acordado para ver isso. Ela tentou manter o nariz levantado mas desmoronou, fisica e mentalmente.

Os petistas, no fundo, no fundo, também perceberam isso mas não vão admitir nunca.

guimas disse...

"O caso Erenice é muito mais grave do que o Paulo Preto."

Ao afirmar isso estás colocando a mão no fogo pelo Paulo Preto, meu amigo, simplesmente porque o caso ainda não foi investigado.

E os tucanos estão se esforçando para que não se investigue nada.

E esta é a diferença. Num, investiga, expõe, condena publicamente. No outro, varre para baixo do tapete e faz pouco caso.

E ainda dizem que Serra é do bem.