Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Brasileiro Vai Ter que Mudar de Hábito


A partir de agora o brasileiro não vai poder dirigir depois de beber qualquer quantidade de álcool. Este era um hábito muito comum. Este blogueiro inúmeras vezes já pegou o carro depois de ter bebido umas cervejas ou alguns cálices de vinho. Atire a primeira pedra quem não fez isso. Mas isso vai mudar e vai mudar radicalmente a partir de hoje.

O motorista surpreendido em qualquer rua ou estrada do território nacional com teor de álcool superior a zero no sangue cometerá uma infração gravíssima, pagará multa de R$ 955 e perderá o direito de dirigir por um ano.

É radical. Tolerância zero para o álcool.

Já pensou, o sujeito bebe uma latinha de cerveja depois do trabalho, numa festa, num aniversário e pega o carro para ir para casa e pára numa barreira e se constata que o sujeito ingeriu álcool?

Vai ficar um ano sem dirigir.

Certo ou errado, essa é a lei. Antes , era permitido circular com até 0,6 grama de álcool por litro de sangue - o equivalente a dois copos de cerveja ou três cálices pequenos de vinho de menor teor alcoólico, para uma pessoa de 60 quilos.

Resta saber se essa lei vai ser cumprida à risca ou vai se transformar em mais um artificio da impunidade brasileira.

3 comentários:

PoPa disse...

"Hecha la ley, hecha la trampa"! Há um grande erro nos legisladores brasileiros, que tentam corrigir tudo que está errado através de novas leis, sem ver o que não está funcionando com as antigas. A lei era branda com bêbados e drogados dirigindo, obviamente, já que praticamente ninguém ia para a cadeia após matar alguém. Mas fazer uma lei com zero de tolerância é mais que burrice! É criar condições para a corrupção! Diz-se que o agente da lei irá usar de bom-senso para decidir se prende ou não o condutor que acusar, digamos, 0,1mg de álcool. Bom-senso de um agente de trânsito???? E se ele deixar passar, não seria prevaricação? E se o índio comer um bombom de licor, vai acusar alguma coisa no bafômetro? A saída, amigos, é não soprar aquela coisa e exigir um exame clínico que não diagnosticará alcoolismo com pouca coisa.

Se nós tivéssemos uma empresa realmente investigativa, já teríamos alguma reportagem com um copo de cerveja, uma churrascada forte (digestão gera álcool em pequenas quantidades), para ver os resultados em um bafômetro. E a margem de erro do equipamento, onde fica? O Inmetro já se pronunciou quanto à isto?

Não pensem que sou favorável à bebida. Posso afirmar que nunca dirigi com um mísero copo de cerveja ou similar, pois não bebo absolutamente nada quando vou dirigir, mas o que precisamos é uma legislação dura com quem bebe e dirige.

Por que, ao invéz de uma multa, não se obriga o vivente a trabalhos comunitários? Quem sabe, limpar banheiros de hospitais, acomodar e limpar acidentados? Isto poderia fazer a diferença no futuro...

Carlos Eduardo da Maia disse...

A saída, prezado POPA, é o condutor alegar que tomou um Biotônico Fontoura antes de dirigir. O Brasil ainda não se deu conta de que essa lei vai implicar numa grande mudança de hábito.

José Elesbán disse...

A lei anterior era quase suficiente. Só faltava mesmo a criminalização de quem assume o risco de dirigir embriagado.
Mas não precisava a tal tolerância zero.
Em todo caso, se diminuir o número de vítimas nas ruas, avenidas e rodovias vou achar ótimo.
Tomara que venha mesmo esta mudança de hábitos.
Ah. E eu acho que o álcool foi retirado do Biotônico Fontoura.