Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


sábado, 7 de junho de 2008

Do Limão e da Limonada


O Chefe da Casa Civil do governo Yeda (PSDB-RS) Cézar Busatto parece estar conseguindo fazer do limão uma limonada. O Vice-Governador Feijó entregou a fita para a RBS e (pasmem) para a bancada do PT na Assembléia. Francamente. E Busatto concedeu uma entrevista para a mídia, foi aberto, foi franco, chamou o Feijó de canalha, golpista e mau carater. Depois, Busatto participou do Programas Conversas Cruzadas na TVCOM com o deputado Fabiano Pereira, PT-RS, presidente da CPI do DETRAN. Busatto não está sendo omisso. Ele está se defendendo, está sendo claro e objetivo. E a mensagem é a seguinte, tudo o que ele disse na conversa gravada por Feijó faz parte da complicada politicagem brasileira. Quando um governador, um presidente chega na cadeira do poder ele necessita apoio parlamentar para governar. E esse apoio é dado com contrapartidas do tipo: emprego para a militância, para os apadrinhados que pagam dízimo para os partidos e a farra é grande. Sempre foi assim. E onde a politicagem faz farra? Nas estatais. Busatto disse ontem: primeiro era o DAER, na época das obras públicas - hoje o Estado licita as obra para a iniciativa privada -- e agora é o DETRAN, a CEEE, o Banrisul.


Eu fico pensando com meus botões: que pena, mas que pena mesmo o ex governador Britto não ter conseguido privatizar, desestatizar o Banrisul e a outra parte da CEEE. Tudo isso que foi dito na conversa gravada poderia ter sido evitado.


Mas num ponto eu concordo plenamente com Feijó, quando ele diz na gravação:


Agora, eu tenho uma convicção: se sair uma CPI do Banrisul, seria muito bom para a sociedade, não tenho dúvida disso. Politicamente não sei avaliar, agora, em termos de enxergar a realidade do banco e ver efetivamente se nós, Rio Grande do Sul, precisamos estar pagando esse custo para manter um banco. Afinal, Santa Catarina não tem banco, Paraná não tem banco, São Paulo não tem banco, o Rio, a Bahia, nenhum Estado representativo tem banco.


Está na hora e está na hora sim de ampliar esse debate sobre o Banrisul, CEEE, DETRAN, estatais que estão ai que prestam serviços deficientes ao povo do RS e que estão servido de fonte de recursos escusos para alimentar a politicagem, a corrupção, o empreguismo, as falcatruas e a picaretagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na real, Maia, nós - o povo - não pagamos nada pelo Banrisul. Ele é auto-suficiente, apesar dos desmandos. E aquela conta que o Brito fez, seria bem menor se Olívio não tivesse batido o pé na hora de cumprir o que foi tratado no Proer. Mas, tirando-se este peso da dívida, o Banrisul é viável e lucrativo. Se isto é bom para o povo? Claro que não! Houve um tempo em que havia necessidade de um banco público, pois bancos privados não queriam estar nas bibocas do Estado. Agora, com a informatização, tem banco até na banca de jornais! Não existe mais esta necessidade...

Busatto caiu de otário. Lembrou-me do Ricúpero. Disse o que todos sabem, apenas. Em nenhum ponto da gravação ele falou que concordava ou que participava do esquema. Apenas que acontecia. E acontecia no governo Brito, Olívio, Amaral...

Agora, precisamos concordar que este escândalo é fichinha perto do que ocorre por "lá"...