Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Eu Acredito Numa Nova Esquerda


Eu não acredito num Brasil moderno sem a participação efetiva da nossa esquerda. A esquerda, seu pensamento e suas ações são fundamentais para se construir um Brasil melhor e mais justo. Mas certa esquerda não quer saber de construir um Brasil melhor com certos setores da sociedade e esse é um grande equívoco. Certa esquerda tem preconceito, tem ranço, não gosta dos endinheirados, detesta multinacional, acha que quem tem dinheiro é explorador. E é exatamente esse equívoco, esse preconceito, esse ranço de parte da nossa esquerda que eu critico e vou continuar criticando. Não estou aqui para causar cizânias, estou aqui para tentar construir um país melhor para a maioria da população brasileira. E este país melhor e possível se constroi com convergência e nunca com divergência. Existem linguagens de desenvolvimento que deram certo em alguns países. A Espanha era um país divido, entre fascistas e republicanos, um país de uma acirrada luta ideológica, ao mesmo tempo, era um país pobre, injusto. E o que é a Espanha hoje? Um país muito mais rico, mais justo e que a imensa maioria da população goza de razoável de vida. E isso foi construído nos últimos anos com governos de consenso, tanto por parte da esquerda, do PSOE, como por partidos de direita. A agenda de inclusão social é praticamente a mesma e essa discussão não é ideológica, porque interessa a todos. Entender, como se entende aqui, que não existe interesse de certa elite na inclusão social é uma grande asneira. A elite brasileira anda trancada em casa, nos shoppings, com medo de sair nas ruas e isso não é qualidade de vida. O Brasil tem é que executar essa agenda comum a todos, de acordo com certas linguagens que foram praticadas em países que socialmente se desenvolveram. Mas a nossa esquerda não quer saber nada disso, ela ainda pensa que o Brasil melhor e possível só vai conquistar seu espaço com a luta social, alimentando antagonismos, fazendo dialéticas sem sínteses. Eu discordo e minha discordância não é um pensamento isolado e absurdo. Na verdade, quem acredita na convergência, na dialética com síntese, no consenso é a imensa maioria das pessoas e dos intelectuais e essa é a grande luta de todos que querem ver o Brasil como um país justo e que consiga enfrentar de frente e com determinação o grave problema da exclusão social. É essa a minha luta.

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