Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Este Blog Defende os Endinheirados??? Bem Capaz!


Uma tal de Ana Maria, no blog diário gauche, disse que eu -- este pobre blogueiro miserável -- está do lado dos endinheirados.

Diz ela:

blá blá blá, Maia. Óbvio que o MST comete vários crimes: o fato de entrar em uma terra alheia é crime (desrespeito á propriedade privada), marchar pela rua tb é (impede o direito de ir-e-vir das pessoas), não pagar pensão tb é (boa parte dos homens do MST e do Brasil não pagam pensão) etc etc etcClaro que a Justiça existe, mas só para quem não tem poderes nessa sociedade, é pobre e cheira mal. Para os riquinhos, como o Soutahll, que deve toda a área em São Gabriel para a União em dívida, não existe. Esse é um cara de bem, não invade nada, cheira bem, tem carrão. Esse sim é um cara bom. Ficar do lado dos endinheirados sempre é bom. Se fica do lado do poder. Pouco nos é atingido, né. Inclusive a Justiça, o MP, formado por caras de 40 anos, de famílias tradicionais, que nunca sequer fizeram movimento estudantil. Hoje, não devem nem ir ao Centro de POA.E a gente AINDa quer Justiça. Que besteira! Sempre foi assim. Sempre vai ser. Ana Maria


Respondo à Ana Maria:


Eu não estou do lado dos endinheirados, apenas acho que o Brasil não vai se desenvolver socialmente seguindo a cartilha da elite do MST. Minha agenda é a inclusão social dos excluídos, mas não da forma como a elite do MST imagina um mundo melhor e possível. Temos sim que ir na direção da utopia. Mas nunca, como diz a grande blogueira cubana Yoani Sanchez, a utopia dos outros. Os cordeirinhos do MST vão atrás da utopia da elite do movimento. O MST não é um movimento social, é um movimento político. É um movimento de extrema esquerda e não é um partido político. O MST não representa os pobres do Brasil. Estes estão peleando por ai, estudando, trabalhando e tentando se colocar no mercado de trabalho. O MST é contra o mercado, é contra o capital, é contra as multinacionais. E o Brasil não vai resolver seus problemas sociais sendo contra o mercado, contra o capital e contra as multinacionais. O MST é um movimento que se afunda na baboseira ideológica.

12 comentários:

José Elesbán disse...

É curioso o teu sequestro da fala dos componentes do MST. Por que eles são cordeirinhos? Tu já perguntaste para algum deles por que estão no movimento? E por que o MST é de extrema esquerda? Quantas autoridades eles já mataram? Quantos sequestros já fizeram? Quantas sabotagens de linhas elétricas? Explosões de óleodutos? "Justiçamento" de policiais, ou de latifundiários? Sim, porque este tipo de ações é que eu caracterizaria de atos de extrema esquerda. Interrupção de estrada? Passeatas? Isso os latifundiários argentinos estão fazendo todo dia...

José Elesbán disse...

E se certas lideranças do MST são anti-mercado e anti-capitalismo, tu hás de convir que a maioria dos assentamento realizados, geram agrovilas e cooperativas, onde os assentados se tornam pequenos produtores, e usufruem de boa parte dos confortos pequeno-burgueses. A começar pelo primeiro assentamento da Anoni.

José Elesbán disse...

E, a propósito, tu tens alguma alternativa para o pessoal acampado? Uma alternativa prática e real, além da possibilidade de se tornarem pequenos proprietários e cooperativados, a partir de reforma agrária?

PoPa disse...

Sim, existe uma alternativa para o pessoal acampado: Durante a espera por seu pedaço de terra, eles deveriam ser treinados diariamente para serem camponeses. Arar o solo, plantar, fazer os tratos culturais. Tudo com assistência técnica e acompanhamento. Ao final de um ano, sobrariam apenas os que realmente se interessam pelo trabalho árduo do campo. E poderiam se especializar em determinadas culturas, produzindo mais e melhor. Não é o que é feito hoje nos acampamentos. O ócio é o maior inimigo do trabalho. Quem fica nesta vida por muito tempo - e podem saber, não é uma vida fácil para quem quer realmente trabalhar - não se adapta mais ao trabalho pesado...

Carlos Eduardo da Maia disse...

Zé, o MST arregimenta os miseráveis, assim como faz a Igreja Universal. Só que um catequisa seus fieis e cordeirinhos para uma religião com deus e outra para uma religião sem deus, uma utopia socialista que nunca deu certo em lugar algum e um culto a certos mitos que utilizaram de táticas extremamente duvidosas como Che, Mao e Lenin. O MST é sim um movimento liderado por pessoas de extrema esquerda. Não vem me dizer, Zé Alfredo, que o Stédile é social democrata.

José Elesbán disse...

Maia,
Se tu queres tergiversar e falar do caráter do Stédile, é problema teu. Nunca parei para ouvir o que ele diz, mas se ele não cometeu nenhum crime, assim como o Rosenfeld, ele tem direito à opinião dele.
Falar do Stédile, ou da Igreja Universal, não produziu nenhuma resposta para o que eu questionei.

José Elesbán disse...

Pampa,
os acampamentos têm hortas e criação de animais, principalmente porcos, sempre na medida do possível, em que alguma ação do Coronel Mendes não venha destruir tudo, e inclusive, espalhar os bichos.
Ou seja, eles estão treinando.

Anônimo disse...

Não este blog não defende os endinheirados sómente, mas todos os fascistas, todos os ladrões do dineheiro publico do RS, todos os bandidos que compõe o governo Yeda.

Este éo blogo do canalha do Maia.

Claudio Dode

PoPa disse...

ZeAlfredo, não sei quais acampamentos andastes visitando, mas os que eu conheço - e não são poucos - não têm nada disso. E a BM apenas destruiu o que eles fingiram fazer em algumas áreas invadidas, como foi em Pedro Osório, quando "plantaram" hortaliças à céu aberto em pleno inverno... Todos estes acampamentos recebem cestas básicas, não plantam absolutamente nada! Mas não é culpa deles, somente. Precisaria ter acompanhamento técnico, apoio à comercialização e muita coisa mais. Talvez estejas confundindo com assentamentos...

José Elesbán disse...

Pampa,
Andei vendo um acampamento aqui na Grande Porto Alegre, que tem bichos, hortaliças (poucas), e mandioca (muita).

PoPa disse...

É exatamente este o ponto, Zealfredo! Na volta de Porto Alegre, a produção de hortaliças seria o mais adequado, pois dá um excelente rendimento em pequena área. Mas exige técnica, caros insumos e acesso ao mercado. Isto, os [vários] governos não promovem. E tem que ser coisa de governo, mesmo! Embora empresas privadas pudessem fazer parcerias, o início tem que ser público. Mandioca não vale praticamente nada! Se tiver alguns animais para alimentar, ainda vá lá, caso contrário, é trabalho completamente vazio.

José Elesbán disse...

Mas, Pampa, estas hortas em volta do acampamento, embora sirvam para "treinar" os acampados, são, na verdade, para subsistência. A mandioca, como tu mesmo disseste, serve bem para alimentar animais, como os que eles têm (porcos, muitos porcos).
Tá. Mas e aí?