Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 3 de junho de 2008

Obrigatório no Brasil o Estudo da Sociologia e Filosofia

Este livro do neoweberiano David Landes - que não cai no senso comum do jogo explorado e explorador -- seria interessante de ser discutido em sala de aula no ensino básico brasileiro.



A partir de hoje é obrigatório nas escolas brasileiras o estudo da filosofia e da sociologia. A priori, a medida deve ser aplaudida, porque, em tese, ela melhora a capacidade de crítica dos brasileiros e as condições de conquista da cidadania. Mas existe também e nesse sentido o Brasil, a mídia, o povo brasileiro deve estar em alerta na tentativa de desvirtuar o bom estudo da sociologia e da filosofia para inserir no contexto do aprendizado a catequisação ideológica de qualquer tipo e de qualquer matriz. O estudo dessas matérias deve ser o mais amplo e aberto possível trazendo à baila todos os princípios, todas as teses, todas as doutrinas sobre todos os assuntos. O estudo não pode ser restritivo a esta ou aquela ideologia. Em outras palavras, não queremos patrulheiros ideológicos como professores de sociologia e filosofia. Aula de sociologia não é aula de marxismo ou de apologia ao livre mercado. Aula de sociologia deve estar aberta a todas as correntes e cada um vai descobrir o que é bom para sua tosse. Se eu fosse professor de sociologia de uma escola pública no interior do Brasilsão, que livro eu recomendaria? A pergunta é difícil, não conheço exatamente o conteúdo desses livros. Li que muitos tem uma certa doutrinação ideologica, o que é preocupante, mas eu indicaria o estudo do livro do professor neoweberiano David Landes de Harvard: "A riqueza e a pobreza das nações", que tenta explicar, com exemplos históricos, porque algumas nações são ricas e outras são pobres. Landes mostra que existe uma linguagem de desenvolvimento econômico e social e todos os países que a seguiram se desenvolveram e melhoram a qualidade de vida do povo. Landes, ao menos, sai daquele equivocado senso comum de que existem nações ricas porque exploram as nações pobres. E os pobres são pobres porque são explorados pelos ricos. É esse tipo de questionável doutrina, simplista, maniqueísta, genérica, ignorante que o estudo da sociologia deve evitar.

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