Este blogueiro esteve na tarde do dia de finados na feira do livro de Porto Alegre e haja paciência. Este ditador do blog tem uma tese: as pessoas que frequentam livrarias não frequentam a feira do livro de Porto Alegre. É que o primeiro contato entre o leitor e seu livro exige calma, concentração e paz. É impossível, completamente impossível, folhear livros com calma, concentração e paz na feira do livro da Praça da Alfândega. É muita gente, gente demais, gente de todos os cantos, gente pelo gargalo, gente como a gente, gente diferente da gente, gente em fila - indiana ou não, gente na contra-mão, gente pelos buracos. E não sobra espaço para ler, para olhar, para sentir o perfume das páginas. E mais, está tudo estandartizado. Ou seja, com raras, raríssimas exceções, os estandes, as prateleiras, as livrarias são praticamente todas iguais, com os mesmos livros, os hits da ocasião, os mais vendidos e com os mesmos preços, os mesmos descontos e as mesmas promoções. Cansado de tanta multidão e com um livro de Tockeville que comprou por 3 "real" este blogueiro se trancou no Margs e ficou encantado com a obra de um artista uruguaio na Bienal do Mercosul: Francisco Alberto Matto Vilaró (1911 -1995) - O trabalho acima é dele.
Um comentário:
Concordo plenamente. Leio durante o ano todo há muitos anos e, por isso, estou sempre entrando em livrarias. É dentro delas que posso, com segurança e tranqüilidade, folhear, ler alguns trechos, pesquisar novos títulos e autores e sentir, de verdade, cada livro. Na feira, mal consigo enxergar o que está exposto. Chegar perto é um desafio. Tocar em um livro, uma vitória!
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