Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Waterloo Ideológico


Hoje o macaco Simão, na Band News FM, chamou o Fidel Castro de "Coma Andante". E Fidel que virou jornalista saiu em defesa de Chávez no bate-boca do "Por que no te callas?"com o rei espanhol. É aquele velho ressentimento de colonizado e colonizador.
Segundo Fidel, li na Folha, o Waterloo ideológico" -uma alusão à batalha em que foi derrotado o imperador francês Napoleão-, ocorrido no sábado, reviveu "os dias gloriosos de Bolívar", o herói da independência latino-americana.Fidel, que sempre teve uma relação cordial com o discreto rei da ex-metrópole, mas reserva para Chávez o tratamento de "nosso inesquecível irmão", criticou "os golpes baixos" diários contra o presidente venezuelano.O veterano admoestou carinhosamente o colega por arriscar a própria vida misturando-se às multidões num momento em que o "império" e a "oligarquia" tramam para levá-lo a um beco sem saída. Fidel diz recear a ação de "um assassino a soldo do império" contra Chávez.
Mas qualquer vivente que circular por Cuba vai verificar que a imensa maioria dos grandes resorts que existem naquelas praias paradisíacas -- que cubano não frequenta -- são de redes hoteleiras espanholas, sobretudo a Sol Meliá. O capital espanhol sustenta e muito a ilha de Fidel que silencia sobre este importante aspecto.

Leio num artigo de Clóvis Rossi, publicado hoje na Folha, que "depois que Chávez chegou ao poder, em 1999, firmas espanholas despejaram 1,7 bilhão, quantia que não pode ser desprezada só porque o presidente venezuelano acha que Aznar é "fascista" e apoiou o golpe de Estado efêmero que apeou Chávez do poder por menos de dois dias, em 2002.

Melhor exemplo, no entanto, é dado pelo comportamento de Fidel Castro, o pai de todos os socialismos latino-americanos, os do século 20 e os do seguinte. Castro, presidente semi-aposentado transformado em colunista de jornal, fez comentários sobre o tema, mas não escreveu nenhuma linha sobre as empresas espanholas.

Chávez -- que não para de falar -- insiste num diálogo sem sentido. Essa história de colonização de 500 anos é intempestiva. Por que motivos alimentar rancores e ressentimentos e jogar países irmãos uns contra os outros? Quem lucra com esse tipo de discussão?

3 comentários:

PoPa disse...

Maia, ele ouviu bem a reprimenda do Rei, mas somente começou a babaquice depois que estava em seu "foro privilegiado". Aí, como guri que está na sua rua, virou galo! Mas não vai mais até a "rua de cima"...

E este papo de colonialismo já deu o que tinha que dar nos últimos 500 anos. Está na hora de arrumar um novo discurso. E ele pode falar pelos cocaleiros, mas não fala pelos latino-americanos!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Pois é Pampa, pelo Maia ele não está falando... Se o Chávez se comporta assim numa cimeira imagina como ele se comporta no palácio de governo.

Anônimo disse...

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