Aconteceu o que tinha de acontecer. A oposição tomou conta do plenário da Assembléia gaúcha e votou o pacotão de Dona Yedinha que queria aumentar os impostos. Deu no que deu e estão de parabéns os deputados.
Foi uma derrota histórica e contundente do governo Yeda que -- burramente -- insistiu onde não deveria insistir: aumento de impostos.
Passado o trauma da derrota cabe ao governo Yeda cumprir as promessas de campanha: reduzir e racionalizar os gastos do Estado que é obrigado a pagar mensalmente aos servidores ativos e inativos 72% de sua receita líquida. Yeda tem que cortar na carne do Estado e fazer funcionar os serviços essenciais. Tem muita fundação por ai que não precisa existir. Privatiza, desestatiza, faz alguma coisa, passa para Oscip. Sei lá. Dá um jeito. Imaginação no poder!
Mas existe um outro problema, Yeda tem uma oposição impiedosa. O velho PT da oposição contra tudo e apostando no quanto pior melhor está de volta no RS. Eles são intragáveis e não fazem nenhum tipo de proposta decente e convergente para o RS resolver seu crônico problema financeiro. Eles não estão nem ai. Como diria meu amigo Ega: uma choldra ignóbil!!!
(A charge é do Kayser)
10 comentários:
Mais uma do Maia autista: a oposição vive fazendo propostas ao governo, só que este se faz de louco, pois as propostas não são de seu gosto.
Sabe essa coisa de renegociar a dívida do Estado com empréstimo do Banco Mundial? Proposta do Olívio na campanha, só não ouviu quem não quis.
Quanto pior, melhor é o que os tucanos e os demos fazem na esfera federal - estes sim sem proposta nenhuma.
A oposição impiedosa à Yeda é assim porque este governo já queimou todas as pontes possíveis. Yeda vai governar até o fim do mandato ouvindo o Britto e o Rigotto e se queixando da vida.
Mas para os anti-petistas, a culpa ainda é do PT - agora, porque faz "oposição impiedosa".
Quem votou em Yeda acreditando em um governo "novo", esqueceu de ver que a chapa e os apoiadores dela são exatamente os mesmos que governam o RS há anos - excetuando-se os anos do governo Olivio.
Bem não votei nela no primeiro turno, mas acabei votando no segundo, exatamente pelo último parágrafo do Guilherme... :-)
Pois é, PoPa, mas como esperar que algo mude no RS se elegemos sempre os mesmos grupos políticos?
É por isso que acho que nada mudará no RS enquanto houver esse anti-petismo trouxa que só elege os mesmos.
O povo representado pelo parlamento deu seu recado. O Estado que corte na sua própria carne. E assim tem que ser feito. Está ai uma bela oportunidade para o Estado iniciar uma racionalização de gastos. Não existe caminho mágico e o interesse é de todos. Li ontem no site do PT a proposta do partido para resolver a questão da dívida. Nada de novo. E muita coisa ali depende de processo judicial, de cobrança de dívida, de renegociação que o Arno Augustin já disse que não renegocia, e também a questão da isenção fiscal também depende de discussão judicial, uma vez que existem contratos. O PT não fala nada em Corte. 72% da receita do Estado vai para o servidor ativo e inativo. Impossível um Estado ser gerido com esse comprometimento. Tem que cortar na carne do Estado.
Guimas, a vantagem do RS é que não são sempre os mesmos grupos políticos que estão no poder. Collares, Britto, Olívio, Rigotto, Yeda. Todos de grupos diversos, até antagônicos. Bem, talvez não seja exatamente uma vantagem...
Maia, acho que cortar na carne já não resolve! Vai ter que amputar alguns braços...
Pampa, o RS precisa renovar seus políticos.
PoPa disse:
"Guimas, a vantagem do RS é que não são sempre os mesmos grupos políticos que estão no poder. Collares, Britto, Olívio, Rigotto, Yeda. Todos de grupos diversos, até antagônicos."
Errado, Popa. Britto, Rigotto e Yeda são o mesmo grupo político. Some-se à eles Jair Soares e Pedro Simon, que também participam do grupão anti-petista.
Traduzindo: desde 82 (25 anos, portanto), tivemos oito de mudança no comando.
Maia disse:
"O PT não fala nada em Corte. 72% da receita do Estado vai para o servidor ativo e inativo. Impossível um Estado ser gerido com esse comprometimento. Tem que cortar na carne do Estado."
Não adianta cortar. Cortes vão só paralisar os serviços essenciais do Estado. Destes 72%, mais da metade é com os inativos, que não podem ser "demitidos".
O RS precisa arrecadar mais, parar com essa lenga-lenga atrasada que só incentivos fiscais trazem desenvolvimento - não trazem, e ainda diminuem a capacidade de gerar tributos do Estado. Junte-se a isso o fato de que a fiscalização da receita está sucateada.
Para diminuir os 72%, precisa aumentar a entrada. Diminuir a saída não resolve.
Guimas, o RS tem fundações para todos os gostos. Acabe com grande parte delas. Que o Estado faça uma gestão competente da educação, saúde e segurança. A proposta do PT é demagógica, porque essa receita não é imediata, ela depende do lento e incerto Judiciário.
Se acabar com todas as fundações a economia vai ser pequena. E vai deixar gente que precisa das fundações na mão. Se a coisa funciona e atende a população, não precisa mexer, pois cumpre com sua finalidade.
E o PT tá falando nessas propostas há bastante tempo. Não tem demagogia. São propostas sérias, mas como não são condizentes com a ideologia que pratica o grupo anti-petista, são criticadas ou ignoradas.
O PT não tem a salvação mágica da lavoura, mas sugere caminhos diferentes que podem encaminhar a solução do problema. Só que, como tu mesmo demonstras, eles vão de encontro ao modus-operandi atual. Aí, não servem.
Pra mudar, tem que mudar o grupo político-econômico que está no governo. Isto inclui Yeda, Rigotto, Britto, ou o PMDB, o PSDB, o PP e o PTB. Só que, por conta do anti-petismo fartamente patrocinado pela mídia, não há a menor necessidade política de se alterar este comando - as eleições vão ser vencidas mesmo.
O governo Yeda não é vítima da situação atual. É agente causador. Ficar falando mal do PT não ajuda ninguém.
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