Os blogs de esquerda, a partir do episódio Detran-RS, querem satanizar qualquer tipo de projeto de parceria entre estado e iniciativa privada. Os admiradores do estatismo não perdem a oportunidade de crítica. A questão é a seguinte, o Rio Grande do Sul gasta 72% de sua receita líquida em folha de pagamento de ativos e inativos. Impossível gerir um estado nessas condições. Impossível dar aumentos. Impossível realizar investimentos. O que fazer? Aumentar impostos? Não. Mas como aumentar a receita sem aumentar impostos? Há ai um cobertor curto, porque para fazer cobrança dos créditos tributários, o Estado necessita ingressar com ações judiciais e o Poder Judiciário gaúcho anda extremamente desorganizado e lento. O que o Estado tem que fazer é cortar despesa e desestatizar certas gestões. O projeto de passar a gerência de certas entidades públicas em OSCIPS é uma bela saída. E digo mais, talvez seja a única possível -- a menos dolorida. Mas os blogs de esquerda não perdem a oportunidade de questionar esse tipo de parceria. Falcatruas existem no setor privado e no setor público, qualquer entidade que for parceira no serviço público vai ter a mesma fiscalização. E os fatos estão a revelar que a polícia está atenta e tem uma arma fundamental no combate à corrupção e toda ordem de picaretagem: a escuta telefônica obtida em sigiloso inquérito, mediante ordem judicial. Se o controle existe e pode ser feito, não é hora de satanizar as iniciativas positivas para melhorar a eficiência do serviço público que deve ser feita, cada vez mais, em parceria com a iniciativa privada.
2 comentários:
Concordo, em gênero e número, com teu artigo.
Bjs
Quem é mais velho um pouquinho, lembra das falcatruas do antigo Detran. Também não é por ser público que existiam tais falcatruas. É do ser humano: facilitou, tem alguém roubando!
A grande questão é que o setor público é um gestor meio incapaz até legalmente. Não há possibilidade, por exemplo, de uma secretaria ou uma autarquia, dela ser auto-suficiente. Com a criação do tal caixa único, tudo que algum setor do governo arrecada, vai para esta "caixinha". Aí, algum setor mais eficiente, vai ficar à míngua, esperando as "benesses" do governo, para poder sobreviver.
A saída é - realmente - privatizar o que der. E fiscalizar eficientemente. Algo como os pedágios. Simples, claro e direto!
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