Diversidade, Liberdade e Inclusão Social
Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt
terça-feira, 16 de março de 2010
As Lágrimas de Cabral
O deputado Ibsen Pinheiro - PMDB-RS - está sendo crucificado no Riiio, porque ele fez um projeto igualitário na distribuição do pré-sal. O governador Sérgio Cabral que queria mais e -- tadinho -- acabou chorando, dizem que as lágrimas são de crocodilos. O Riiio tem todo o direito de espernear, boa parte das reservas estão em seu litoral deve, pois, receber algum tipo de incentivo. E ainda mais temos copa do mundo, olimpíadas e a cidade maravilhosa tem mesmo que receber os necessários investimentos. Não se pode ser contra isso. Mas existem regras de negociação que devem ser respeitadas. A mais importante delas é que se trata de uma negociação de grande interesse público e, portanto, o espírito não pode ser -- nunca -- competitivo. Temos de ser cooperativos, solidários. Em assunto desse tipo a competição não interessa a ninguém. Os cariocas estão a dizer que o projeto isonômico de Ibsen é inconstitucional. O pacto federativo teria sido atingido. E talvez seja essa -- exatamente -- a discussão que a sociedade brasileira deve fazer. O problema, o grave problema, é a qualidade e competência dos nossos políticos. Talvez estejamos vivenciando no Brasil a pior geração parlamentar. Tem ela competência intelectual e moral para discutir assunto de tamanha importância?
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4 comentários:
O problema é justamente este, não trata apenas do Pré-Sal.
Ao invés de tratar dos recursos do Pré-Sal, a emenda Ibsen trata também dos recursos da ATUAL exploração do petróleo, que são prevalentemente para os estados produtores.
E isso foi feito por motivos eleitoreiros, o Pré-Sal só começa a gerar recursos em 2015, e o Rio já recee 7 bi anuais de royalties do petróleo que já é explorado hoje.
Daí os senhores parlamentares, ávidos em dizer que mandaram dinheiro para seus currais, resolveram tungar o orçamento do Rio para presentear prefeitinhos que lhes angariam votos.
A distribuição dos recursos futuros do Pré-Sal deve ser igualitária para todos os estados, eu concordo plenamente. Mas a distribuição dos recursos da atual exploração deve ser mantida, sob pena de quebrar o Rio de Janeiro e 10 municípios, causando problemas colossais.
O RJ tem direitos adquiridos sobre tais recursos, que há décadas são parte do seu orçamento.
Sergio Cabral tem razão nessa questão.
Eu tenho opinião formada sobre a Federação há muito tempo. Acho que ela deveria ficar com os recursos do IR e do Imposto de Importação. Todos os demais deveriam ficar divididos entre os estados consumidores e os produtores.
Assim, o icms da gasolina, por exemplo, deveria ser dividido entre o estado que produziu e o estado que consumiu a tal gasolina. Mesma coisa com o IPI e com outros impostos diretos da produção.
Os royalties do petróleo e de todas as outras explorações do subsolo devem ficar com a União, mesmo. E esta deve restringir sua atuação na defesa das fronteiras e nos grandes assuntos nacionais. Fazer (re)distribuição da produção nacional com critérios quase sempre eleitoreiros ou políticos, tem deixado nosso País eternamente dependente de tudo. Se São Paulo produz e consome mais que o restante do País, é justo que tenha uma fatia maior na distribuição do PIB. Como eles tem maior capacidade de investimento e desenvolvimento, trarão mais desenvolvimento ao País, consequentemente. Os outros estados que aprendam a produzir...
Se o Rio acostumou-se a ser um gigolô do petróleo e não usou estes recursos para desenvolver sua própria indústria, azar! Vá aprender a trabalhar!
Maia, nobre amigo
São lágrimas de crocodilo, sim.
Sergio Cabral chora por que pode não ter o que roubar com essa conversa de "Copa do Mundo" e "Olimpíadas".
A pouco tempo, fui à Búzios, que a muito não visitava, e vi que as estradas estão na mesma, inclusive uma tal "rodovia estratégia" para o escomento do óleo, bem como suporte de infraestrutura.
Tudo cascata..
Macaé e Campos é o simbolo do que tudo se rouba e nada se faz.
Campos chegou ao ponto de ter uma prefeita que foi governadora do estado.
Tem que dividir para todo mundo.
O Sergio e sua cambada merecem o maior castigo, ou seja, ACABAR COM A FONTE DO ROUBO.
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