Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 30 de março de 2010

Quem Bate Perde


Trecho do artigo "Campanha Negativa"  de Kennedy de Alencar hoje na Folha, em vermelho.

Concordo com ele, já que a campanha eleitoral de 2010 inicia hoje, com as renúncias dos concorrentes, é bom lembrar que "Quem bate perde".


No Brasil, a campanha negativa é recurso para emergências. Em 2002, Regina Duarte disse ter medo de Lula. Não funcionou. Slogan de Duda: "A Esperança Venceu o Medo".
Esta eleição será palco de campanhas negativas enfáticas de Dilma Rousseff, a candidata de Lula, e de José Serra, aquele que desde sempre se prepara para governar o país.
O quase choro de Dilma ontem no PAC 2 sinaliza intensificação da estratégia plebiscitária. O PT pintará Serra como volta aos anos FHC. Sugerirá que ele acabará com o Bolsa Família e as políticas para os mais pobres. Lula se encarregará de semear uma dúvida entre os eleitores: valerá a pena arriscar?
Sem saída, Serra dialoga com o eleitorado lulista. Reconhece que o presidente termina bem o governo e apenas deseja melhorar sua obra. Deputado, senador, ministro, prefeito e agora governador, ele dirá que é um risco entregar a Presidência a quem nunca disputou uma eleição, a uma mulher talhada para número 2, mas não para número 1.
Em 2004, deu certo. Serra evitou criticar Marta Suplicy, à frente de gestão bem avaliada na Prefeitura de São Paulo. "Eu sou melhor", dizia. É um caminho -talvez o único diante de governo tão popular. Mas o Brasil não é São Paulo, praça com maior média de rejeição ao PT.

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Aqui no Rio Grande do Sul, algo semelhante aconteceu com a eleição de Rigotto e até de Fogaça em Porto Alegre, ambos candidatos tinham muitos argumentos para criticar os candidatos do PT, mas foram light, fizeram uma campanha light e, é importante também lembrar, governos mornos.

E a tática e estratégia de Serra é exatamente essa: dizer que ele pode fazer melhor.

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