Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 8 de março de 2010

O Vazio Cultural do Governo Yeda

Tudo bem, nossa secretária de cultura pode gostar de tradicionalismo guasca, mas, francamente, cultura não é apenas isso. Convenhamos!


É Tudo Muito Desconcertante

Li dois artigos sobre o caos que é a administração da Yeda Crusius (PSDB-RS) na área da cultura. O primeiro do artista plástico  Paulo Amaral, no Blog do Terráqueo e que foi publicado na ZH do dia 06 de março e o segundo do historiador Gunter Axt, na ZH de hoje.

Todas as opiniões canalizam para a mesma direção: o governo Yeda ao entregar a pasta da cultura para a farra dos partidos políticos acabou por sepultar de vez qualquer tipo de política cultural. Uma perguntinha óbvia: que bagagem cultural tem a Sra. Mônica  Leal para exercer o nobre cargo de secretária da cultura?

Como disse Paulo Amaral:

Para cargos na Cultura, como escreve Cláudia Laitano, precisamos de homens que leiam, que vão ao teatro, que visitem museus, tudo isso e muito mais pela premente necessidade de alimentar o espírito e não a de se ajustar, comodamente, a composições políticas por vezes desconcertantes.

Ou como assinala Guinter Axt:
O outrora produtivo Instituto Estadual do Livro colapsou: está há três anos sem publicar um título. A TVE vem sendo tratada como filho enjeitado. As obras do Multipalco do Theatro São Pedro se arrastam a passos de cágado. A Ospa é um pálido espectro perto da Osesp – agoniza em modorrenta rotina de província e continua sem ver o início das obras de sua tão sonhada sede. Nossos museus, arquivos e casas de cultura vivem à míngua. Há anos não se ouve nenhuma palavra concreta sobre a construção de uma nova Biblioteca Pública, de porte. Nenhum projeto para um novo museu de arte moderna ou contemporânea. Nenhuma estratégia sólida capaz de atrair recursos de fora. Nada de consistente que ajude a levar a cultura aqui produzida para o mundo. Não se prevê nenhum prédio de arquitetura icônica. O corpo funcional está mal-remunerado e é em número insuficiente para as necessidades mais elementares. A LIC-RS vive em permanente impasse.

Como se vê, o caos é geral. Definitivamente não existe nenhum tipo de política cultural neste estado onde a politicagem da troca de cargos por nomeações políticas tomou conta. A crise na área cultural já existia antes do governo Yeda, mas com a nossa atual governadora ela foi para as profundezas. O abandono é geral.

Um comentário:

Fábio Mayer disse...

E ontem morreu o Leonardo, um dos maiores compositores de música regionalista gaúcha, que entre centenas de belas composições, fez TERTÚLIA:

Tertúlia é o campo sonoro
sem porteira ou alambrado
onde o violão e o poeta
podem chorar abraçados!