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Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 1 de março de 2010

Quem Matou Eliseu?


Execução ou simples assalto?

O fato é que o secretário de saúde, Eliseu Santos,  do município de Porto Alegre foi assassinado a tiros na frente da filhinha e da esposa. Os três foram assistir a um culto na Assembléia de Deus e quando retornavam para o carro, em frente ao supermercado Zaffari da Cristóvão Colombo em Porto Alegre, ele foi morto, mas antes de morrer ele sacou sua arma e atingiu um dos envolvidos que percorreu algumas quadras sangrando.

No início os jornais gaúchos, sobretudo a Zero Hora, trabalhavam com a possibilidade de execução. O secretário, diziam, tinha alguns inimigos e se queixava que estava sendo jurado de morte. Agora a versão é modificada. Se trabalha com a hipótese de assalto, sobretudo ninguém vai executar um inimigo num local onde existem várias câmeras de vídeo (em frente ao supermercado) e numa hora de grande circulação de pessoas.

Os Blogs da nossa esquerda, como se lê do post abaixo do diário gauche estão dizendo que isso é uma armação dos capitalistas neoliberais malvados e corruptos do Rio Grande do Sul. Para quem gosta de teorias da conspiração o post abaixo é um prato cheio.


Guerra lúmpen no Rio Grande do Sul.

Está sendo construída uma versão apolítica e inodora para o assassinato violento do secretário de Fogaça.

No sábado ainda, horas depois da morte violenta do secretário da Saúde do prefeito José Fogaça, Marcelo Rech, diretor-geral de produto do grupo RBS escrevia em Zero Hora que Eliseu Santos foi um "semeador de tempestades". E perguntava: "Quem são os executores? Quem mandou matar?"
Hoje, segunda-feira, o jornalista Humberto Trezzi escreve, na página 35 de ZH, em tom falsamente queixoso que "são tantas as informações que conspiram contra a tese de atentado que fica difícil resumir em tão pouco espaço".
Há, portanto, uma guinada no tratamento midiático do chamado caso Eliseu. A espontaneidade das primeiras horas cede espaço para um tratamento editorial que visa esvaziá-lo de conteúdos políticos ou que envolvam interesses relativos ao submundo das disputas licitatórias, ligações com o caso Pathos, o recentíssimo depoimento da vítima à Polícia Federal que apura suspeitas de corrupção na prefeitura de Porto Alegre, ameaças de morte recebidas reiteradas vezes pelo secretário, etc.
É de estranhar uma informação dada pelo próprio jornal da RBS, o fato de o prefeito José Fogaça ter permanecido cerca de dez longas horas junto ao caixão do seu ex-subordinado, no velório realizado na Assembléia Legislativa estadual.
Especialmente quando se sabe que Fogaça não chega a permanecer dez horas por semana no seu gabinete do Paço Municipal de Porto Alegre, haja vista a sua manifesta inapetência para atos administrativos ou que exijam esforços físicos prolongados como viagens, velórios e inspeções burocráticas de rotina.
Isso revela que Fogaça está vivendo momentos de grande tensão e expectativa pelos desdobramentos que o "caso Eliseu" pode desencadear.
A morte do secretário de Fogaça está certamente no centro dos novos requerimentos de disputa política inaugurada pela direita guasca, desde o advento do yedo-tucano-peemedebismo no estado, onde grupos de lúmpens ascensionais e "politizados" sentem-se em casa e à vontade para imporem seus métodos heterodoxos e sem limites morais.
A versão de latrocínio - não se estranhe se prevalecer finalmente a versão de abigeato, por mais punk que possa parecer - é o caminho mais curto para pendurar um novo esqueleto no armário da direita sulina. Pode não ser inodoro, mas é apolítico, sim.
Aliás, no Rio Grande, hoje, depois do pântano yedista, quem está preocupado com mau cheiro?

3 comentários:

PoPa disse...

Há uma grave confusão entre muita gente que se diz esperta. Infelizmente, não existe direita neste Estado e neste País. Existe uma esquerda que quer o confronto e existe uma esquerda mais light, que a mais radical acaba taxando de "direita". Afinal, Fogaça de direita? Serra de direita? FHC de direita?

A morte de Eliseu realmente foi estranha. A alguns metros de uma delegacia da Civil. E ele estava armado, o que significa que temia pela sua vida. Mas daí a colocar o governo e a ZH dentro de uma armação, já vai longe demais.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Por isso, Popa, eu leio o diario gauche por pura diversão. Muito hilário.

charlie foxtrot disse...

Acho que os vagos foram usados pela CIA.