Hurra, Vários Hurras às Mulheres

Foto de J.R. Duran

Foto de André Arruda

Foto de Anibal Philot

Neste 8 de Março....

Segundo a mitologia grega, no início de tudo, na idade de ouro, o mundo era habitado apenas por homens. Por incrível que pareça esses homens eram assexuados, não se reproduziam, não brigavam, não faziam cizânias e nasciam e morriam de acordo com a vontade dos deuses. E a morte sempre era boa. Depois de certa idade, o vivente dormia e puf, morria. O mundo era paz. A comida era farta e não era necessário trabalhar, porque os deuses se encarregavam de alimentar os humanos. Tudo, tudo, tudo perfeitamente harmônico e organizado. Na verdade, uma puta chatice. E Zeus, o grande e poderoso Zeus, incomodado com a rotina do mundo perfeito e totalmente equilibrado (sim os deuses têm sim suas ambivalências) , se deu conta disso e resolveu colocar um pouco de graça e de caos no mundo e, nesse sentido, resolveu criar a mulher. A primeira mulher posta no mundo não foi Eva, mas Pandora, linda, sexi, exibida e que almeja sempre além da conta e, evidentemente, enlouquece todos os homens que olham e convivem com ela. Além de criar a exuberante Pandora, Zeus deu a ela uma caixa que, na verdade era uma ânfora, que tinha de ficar fechada com todas as hybris e pecados possíveis (assim como a maçã de Eva). No fundo do recipiente se encontrava a esperança. E a caixa foi, evidentemente, aberta e a humanidade, enfim, se tornou mais humana (e menos cósmica), porque passou a conviver com o (necessário) caos. O mundo chato passou a ter graça. Foram as mulheres que criaram a verdadeira  harmonia e equilíbrio  no mundo. E por isso elas nos perturbam, nos deixam calmos e inquietos. Não é a beleza que é fundamental, como disse o poeta, todas as mulheres são fundamentais. E elas foram se aproximando, nos envolvendo, nos deixando quase que malucos e não temos, nós homens,  nenhuma condição de ficarmos sem elas.