Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


segunda-feira, 22 de março de 2010

Bigelow é Esperta. Não Tem Nada de Diabólica

Bigelow e o caneco.

Fiz o comentário abaixo no Blog Diário Gauche que comenta o filme "Guerra ao Terror" da linda e bela Kathryn Bigelow. DG disse que Bigelow é esperta e diabólica.

Comento:
O filme mostra uma grande verdade: os americanos não são os bandidos nessa guerra inglória. Os bandidos são os terroristas. Sim eles existem e são financiados por governos que o nosso pop presidente apoia ou defende. São os terroristas que armam as bombas para o heroi do filme desmontar. E as vítimas dessas bombas não são apenas os americanos, são também e, sobretudo, os iraquianos. Bigelow não tem nada de perigosa, ela apenas mostra a verdade crua, assim como fez José Padilha no Tropa de Elite que desmonta a babaquice foucaltiana de reprimirmos nossos fascismos diários. E enquanto nos reprimimos os bandidos jogam as bombas.

12 comentários:

Anônimo disse...

Maia, que falta te faz a leitura.
Leitura que te descortine panoramas mais variados.
Leitura como a do blogueiro gay de Bagdá, que contava no seu "Where is Raed", antes e até o primeiro ano da guerra, o dia a dia do Iraque.
Esse blog era uma fonte de primeira mão, não a releitura de uma parte interessada como a Bigelow.
Outra fonte interessante seria o "Salon", um site americano, pago, nem sei se ainda existe, mas tinha uns previews grátis interessantes.
Lá eles, os próprios americanos, não compravam esses peixes podres que tu gosta. No Salon, a pedra do que ocorreria no Iraque vinha sendo cantada lá desde 1993.
Quem foi que te soltou ?

Terráqueo disse...

Prezado Anônimo,

Acompanho essa questão com muito interesse, e embora eu seja um blogueiro creio que a cobertura internacional feita por emissoras de diversos países bem mais confiáveis do que as opiniões emitidas nos blogs referidos. Já tive a oportunidade de encontrar em viagens pessoas que trabalham atualmente em Bagdá e inclusive um mariner em férias. As histórias são pavorosas. A situação lá ainda é bem complicada, mas está havendo uma melhora grande para os Iraquianos. Tão grande que está gerando um problema com outros países que invejam tantos investimentos. Acho que a invasão foi pior para a turma do Sadam e para os americanos que estão pagando a conta com muito sangue. Valeu no entanto a dica. Vou correr atrás dessas leituras também.

charlie disse...

Na verdade o Iraque era um país próspero e livre, até que um dia as tropas malévolas do Império desembarcaram e pilharam aquele oásis oriental. Desde então reina o caos e a desordem, que servem de alimento ao capitalismo selvagem do Grande Satã.

Alguns lunáticos vendem esta tese, enquanto outros a compram.

Bípede Falante disse...

Eu não sei quem foi que soltou os anônimos, criaturas incapazes de assumirem uma mínima identidade.

Terráqueo disse...

O saque ao Iraque começou com os Persas, continuou com Alexandre, e seguiu tempo a fora. Pobre Nabucodonosor e seus jardins supensos e muralhas com figuras dos Deuses. Se ele soubesse tudo o que seu povo ainda iria passar...

Altair disse...

Agora que os Estados Unidos e seus aliados, em sua campanha midiática contra Cuba, se proclamam defensores da vida humana, os cubanos recordam que isso pode ser desmentido, entre outras coisas, pelas 640 tentativas de assassinar Fidel Castro.

Não é segredo para ninguém que este insólito número de atentados contra a vida do dirigente de um país fez parte da estratégia oficial elaborada pelas mais altas autoridades norte-americanas e cuja aplicação foi ordenada aos seus organismos de inteligência e espionagem.

Nestes dias, foi lembrado o 50º aniversário da portaria assinada pelo então presidente dos Estados Unidos, Dwight Eusenhower, em março de 1960, dando luz verde a todas as operações secretas destinadas a derrubar o governo cubano, entre as quais sempre se destacaram os ataques terroristas e um projeto de eliminação física de Fidel Castro.

Documentos tornados públicos pelos arquivos inclusive da Agência Central de Inteligência (CIA), confissões de presos nos esforços para consumar os fatos ou daqueles que se aventuraram na invasão da Baía dos Porcos, audiências parlamentares esclarecedoras e meia dúzia de filmes revelando tais planos são as melhores provas existentes.

A insólita variedade de formas escolhidas para eliminar o líder da revolução cubana poderia parecer um elemento novelesco se elas não tivessem constituído ações concretas aprovadas em mais alto nível nos Estados Unidos.

Desde tentar envenenar Fidel Castro durante o consumo de um alimento ou de um charuto, até comprar a traição de alguém que o mataria durante um comício na Universidade de Havana, passando por muitas outras formas de homicídio, todas foram tentativas frustradas pela eficiência da Segurança do Estado cubano.

Os complôs para atingir este objetivo no exterior foram extremamente perigosos e seus mal sucedidos autores sempre foram protegidas pelas instâncias estadunidenses, que lhes encomendaram tais projetos de magnicídio.

Um dos últimos foi aquele preparado no Panamá, por ocasião da celebração de uma cúpula Pan-Americana de Chefes de Estado e de Governo, frustrado pela denúncia de Cuba e que, se tivesse se materializado, teria custado um imenso número de vidas, ao explodir o salão nobre da Universidade na qual Fidel Castro falaria a uma multidão de estudantes.

Ali apareceu como autor, mais uma vez, o conhecido terrorista Luis Posada Carriles, preso, condenado por um juiz e indultado depois por um governo panamenho e acolhido de braços abertos por grupos terroristas em Miami, para que continue seus velhos hábitos.

Estas centenas de projetos de assassinato que não tiveram êxito não pareceram nunca uma violação do direito à vida para aqueles que os ordenaram, organizaram e executaram, e que nunca perderam a esperança de serem capazes de consumá-los.

Para os cubanos, é fácil identificá-los agora como os mesmos que dirigem a campanha midiática contra Cuba e que se proclamam defensores dos direitos humanos, acompanhados por aqueles que nunca levantaram um dedo sequer para condenar este tipo terrorismo de Estado como contra a nação antilhana.

Terráqueo disse...

Se Fidel é tão bom para o seu povo, por que eles não fazem eleições diretas e permitem a democracia em Cuba?

charlie disse...

Cuba é um lugar tão bom quanto a ex-URSS, que precisou construir uma muralha e guarnecer com soldados armados para evitar fuga em massa de sua população. Cuba, felizmente, não precisa construir muros, pode contar com tubarões.

Mas mesmo assim alguns poucos conseguem escapar para liberdade. Ah, Cuba! Ilha da Fantasia!

Carlos Arruda disse...

Por 219 a 212, a Câmara dos Deputados americana aprovou uma reforma da saúde que dará aos pobres americanos acesso a serviços de saúde de graça.

Trinta e quatro deputados do partido de Obama, o Democrata, votaram contra ele.

O Senado já tinha aprovado e agora a lei vai à sanção de Obama.

É um quase-SUS, muito aquém da vitória que os pobres brasileiros obtiveram na Constituição de 88.

E aquém do que os vizinhos, os canadenses, tem há muito tempo: saúde universal, gratuita e com um provedor estatal único (quem quiser o serviço particular, que pague).

Leia também o artigo do prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman.

Krugman estabelece um contraste interessante.

O último discurso de Obama aos membros do Partido Democrata, antes da votação de ontem (*) disse: “We are not bound to win, but we are bound to be true. We are not bound to succeed, but we are bound to let whatever light we have shine.”

Nós não temos que vencer, temos que ser verdadeiros. Nós não temos que ser bem-sucedidos. Temos que deixar que nos ilumine qualquer luz que possamos ver.

(Tradução minha, não literal)

Ao mesmo tempo, o grande líder dos DEMO-tucanos, quer dizer, dos Republicanos, Newt Gingrich, fez sinistra profecia.

Se os Democratas aprovassem a reforma da saúde, teriam o mesmo destino que tiveram no Sul dos Estados Unidos, depois que o grande presidente democrata, Lyndon Johnson, aprovou a lei da integração racial.

De fato, depois daí, como o próprio Johnson previu, o Sul, de inclinação escravista até hoje, costumava derrotar os democratas.

Ou seja, na hora de a onça beber água, lá, como aqui, a questão racial aflora.


Na hora de ajudar os pobres (negros, em boa parte), um presidente negro se confronta com uma critica apocalíptica, de inflexão racista.

A Ku-Klux-Khan está viva e forte (lá e cá).

Valeriobrl disse...

O Ira um lado, as lobbies ango-americanas do outro lado...Maddof será que agiu sozinho?...a quebra da Lehman Brothers será que non foi planejada?
Existe um terrorismo financeiro? Aquele que abala nas fundamentas os países?

http://www.huffingtonpost.com/2010/03/22/new-york-fed-warehousing_n_508443.html

Bípede Falante disse...

Sobre Fidel: que pena que as tentativas de matá-lo não forma bem sucedidas.

Ogro Zen disse...

Data Ogro informa: das 640 tentativas fracassadas 1 foi empreendida pela CIA e as demais pelos "aloprados" com fundos da Bancoop