Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


domingo, 7 de março de 2010

O Segredo de Seus Olhos



Juan José Campanella fez um filme perfeito: O segredo de seus olhos, el secreto de sus ojos,  tem comédia, drama e suspense. Eu diria que esse filme é imperdível, não porque vai concorrer hoje a noite ao Oscar de melhor filme estrangeiro. É que essa producção argentina mostra exatamente o que eu estava procurando:  a fundamental sensibilidade que geralmente se encontra nos filmes off hollywood.

Qual o tamanho da vingança, diante de um estado ineficiente, corrupto e burocrático? Quando a repartição pública é um caos, quando nada funciona, o serviço público é uma porcaria, o que sobra para o pobre cidadão? E quando o crime acontece e a pessoa amada passa a não existir mais, o que o pobre cidadão pode esperar das forças públicas?  E mesmo que você tenha algum tipo de poder, seja parte da própria administração do Estado que se depara por uma força maior, que vem lá de cima, do núcleo do poder. O que fazer quando se depara com a injustiça, quando o Estado não colabora, quando o Estado é cumplice do crime?  A Argentina de Isabelita Perón.

Como todo filme notável, esse tinha de ter uma cena épica. Tem ou não tem cortes a tomada noturna feita  no estádio do Racing de Avellaneda, subúrbio de Buenos Aires?

E quando tudo se encaminha para terminar, chega a reviravolta. Simplesmente, nota 10.

2 comentários:

senna madureira disse...

Maia, velho amigo


Um dos temas que conversamos ( e até divergimos ) nesse longo tempo foi da naturalidade regional do brasileiro.

Você deve lembrar bem dos palpitantes debates sobre "O SUL É O MEU PAÍS".

Eu, por exemplo, mesmo tendo vivido em POA por um ano, não consigo ainda entender a lógica do gaúcho.

Aliás, permita-me a alfinetada, dizem os engraçadinhos de plantão que "todo gremista quer ser mesmo é argentino para torcer pelo Boca".

Para compreender melhor Benjamín Espósito, o herói do "El secreto de sus ojos" é preciso entender a lógica portenha.

É um grande filme, porém Benjamim Espósito tem uma influencia de Garcia Marques, de "O amor nos tempos do cólera".

Grande abraço

Senna Madureira

TARDE disse...

Não entendo... ou a lógica é portenha ou tem GGMarques. Os dois? Impossível! Ao meu modesto ver, o filme é quase excelente, não fosse o cativeiro inverossímil...seria nota mil, pero...