Os ambientalistas do Greenpeace deixaram em frente ao prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília cerca de três toneladas de estrume. Em cima duas placas:
"Belo Monte de... problemas" e "Belo Monte de m...".
Eu adoro este Brasil. Só faltou o Cameron trazer seus avatares.
Ontem a Justiça Federal no Pará concedeu liminar suspendendo a licitação. O governo Lula quer reverter essa situação. Possivelmente vai conseguir.
Não sei exatamente as questões (pontuais) que envolvem o litígio, mas elas geralmente são sempre as mesmas: área indígena, questões ambientais, relatórios de impactos ambientais, aprovação pelo Conama, Ibama etc. Uma lacuna sempre haverá. Os Rima´s geralmente oontém lacunas, ele nunca vai ser completamente conclusivo. E direito ambiental diz respeito ao princípio da precaução, porque o dano ambiental muitas vezes é irreversível. E cabe ao Judiciário fazer a necessária mitigação entre a precaução do direito ambiental, o impacto da construção da usina em área indígena, as contrapartidas que sempre deve haver (e que estão embutidas no custo do empreendimento) e, por outro lado, a necessidade de construir sistemas energéticos para o Brasil poder se desenvolver ainda mais. Uma usina hidrelétrica vai sempre causar impacto, isso é indiscutível, mas no Brasil qualquer lacuna é pretexto para fazer protesto. De que lado está a justiça e o direito? Eu não tenho dúvidas, as liminares caírão, vai ocorrer dano ambiental e a usina -- que é necessária para o desenvolvimento do país -- vai ser construída. Alguma dúvida?
Segundo o Greenpeace, essa era "a única maneira de resumir, em uma imagem, a herança maldita que o governo Lula deixa para o País insistindo nessa obra", disse o grupo em comunicado.
5 comentários:
Acho que o Brasil deve tratar o GreenPeace como os europeus, povo mais culto os trata:
Taser, canhão de água e borracha!
Os franceses (força especial)fizeram melhor, explodiram e afundaram um barco do Greenpeace; Mas antes expulsaram os ativistas da embarcação com chutes e porradas...
Um caso absolutamente único em que eu apoio o governo e o ZEPOVO.
A usina de Belo Monte é uma obra megalomaníaca-stalinista-geiseliana
NA verdade, depois que eu me informei da forma como vai ser feito o financiamento mudei de opinião. Oras, de que adianta ser iniciativa privada se quem paga é o contribuinte?
Charlie - A tática é simples e está sendo repetida diversas vezes.
Primeiramente o governo inventa um projeto qualquer. Depois lanças as famosas PPP. Só que como é um governo popular as tarifas cobradas devem ser populares. Acontece que nem sempre o mercado proporciona isso. Aí as empresas dizem: "meu, se for para cobrar isso eu quebro. Não dá, é impossível". E o que o governo faz? Tome financiamento do BNDES. Crédito barato, regime de pagamentos camaradas. Tudo em casa.
Assim o governo aparece na mídia dizendo: "Tá vendo, nós somos pró povo! Conseguimos que os malvados capitalistas cobrassem barato!" Mas na verdade o barato sai do nosso bolso, do nosso imposto.
Aconteceu a mesmíssima coisa nas privatizações das rodovias. Apenas nesse caso, da Belo Monte, a coisa ficou tão evidente, tão ridicularmente demonstrado que não puderam esconder.
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