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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Parque Tecnológico da UFRGS ou Qual o Papel de Uma Universidade?


A Universidade Federal do Rio Grande do Sul discute sobre o novo parque tecnológico e a velha e burra discussão ideológica vem a tona.

Consegui no Blog Alma da Geral uma carta interessante, considerada fascista por uma certa esquerda caduca, do professor Tarso Kirst, chefe do Departamento de Biofísica. Depois comento.


Tomo a liberdade para fazer algumas observações, que também foram constatadas por outros colegas, sobre as recorrentes críticas anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia , anti-Patentes, anti-Empreendedoris mo e agora esta celeuma em torno do Parque Tecnológico.
Quando vindas da opinião pública, estas críticas sempre devem merecer nossa consideração e respeito. Porém, o posicionamento crítico de alguns professores Universitários, colegas nossos da UFRGS, merecem uma análise mais aprofundada e atenção para o que realmente está por trás das aparências.
Ao se examinar com cuidado o discurso destes colegas que são contra quase tudo, percebe-se má fé na argüição e propósitos pouco nobres, quais sejam: instigam a histeria coletiva e se valem da demagogia política para agitar, atrair holofotes, para a autopromoção e para ganhar projeção política. Quase sempre pregando o que nem eles mesmos acreditam, mas para conquistar apoio entre os piores funcionários e os piores alunos - muitos destes últimos se matriculam em uma única disciplina por semestre só para poder fumar pelos matagais do campus, almoçar no RU e se beneficiar de outras regalias.
Mas tomem muito cuido com estes alunos, eles não são tão inofensivos como aparentam. Por conta da manipulação dos maus professores citados, eles são mobilizados e levados a um tal estado de excitação que podem fazer qualquer coisa.
É muito triste observar o malefício enorme que estes professores estão causando à nossa Universidade e para o desenvolvimento da Biotecnologia, da Nanotecnologia e de outras áreas. Entre outras coisas, estão jogando em descrédito o importante trabalho da crítica saudável, indispensável para o bom desenvolvimento destas áreas citadas, além de estarem solapando a imagem da nossa Universidade na mídia e na sociedade. Na iniciativa privada eles não conseguem espaço, somente na Universidade pública, onde muitos deles ainda ganham um salário de Professor Titular para fazer este desserviço.
Resumindo: alguns poucos professores com posicionamento anti-Tudo o fazem como um honesto exercício crítico para contribuir com estas áreas do conhecimento; alguns outros talvez por incompetência (deles ou minha !?); mas a maioria dos colegas professores anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia, anti-Patentes, anti-Empreendedorismo, ... fazem-no por pura má fé, péssimo hábito, interesses baixos ou por uma combinação destes.
Peço desculpas por fazer uma reclamação tão contundente. Mas espero que ela sirva para refletirmos sobre a seguinte indagação: qual ou quais mecanismos institucionais poderiam coibir estes excessos? Ou melhor, como podemos inibir a usurpação política do espaço público? Deixo a pergunta no ar.
Aproveito a oportunidade para externar o reconhecimento aos palestrantes Raquel Mauler (Secretária de Desenvolvimento Tecnológico), Flávio Wagner (Diretor do Instituto de Informática) e Carlos Eduardo Pereira (Vice-Diretor da Escola de Engenharia) pela enorme paciência e competência demonstrados na 1a Audiência Pública sobre o Parque Tecnológico da UFRGS, realizada no dia 23 de março passado.
Atenciosamente,
Tarso Kist.
Chefe do Departamento de Biofísica


Meu pitaco:
Para que serve uma universidade? Para preparar a comunidade universitária tanto para a cidadania como para o mercado. O mercado que não é deus é a forma mais efetiva (porque não inventaram outra diferente) pela qual a sociedade faz sua própria inclusão social. É fundamental, portanto, que UFRGS prepare seus alunos para o mercado e para que isso ocorra de forma mais eficiente é importante que a UFRGS tenha parcerias com grandes empresas do mercado. Mas existem um minoria de cegos que acham que preparar para o mercado não é significativo, que é uma questão "ideológica". Isso, além de ser burrice e mediocridade, é uma imensa babaquice, porque amanhã, grande parte dos estudantes da UFRGS vão trabalhar ou prestar serviços e fazer parcerias exatamente com o mercado.

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