Aquele senhor de casaco de couro pode ter sido o mandante do homicídio do Secretário de Saúde de Porto Alegre.
Homenagem, neste 01 de abril, aos que acreditam em teorias da conspiração. Dessa vez vocês acertaram.
Foi o Evandro Souza que me deu essa notícia:
" E não é que os adeptos das “teorias da conspiração” tinham razão em, ao menos, desconfiar da pressa da polícia civil gaúcha nas investigações do assassinato do ex-secretário municipal da Saúde e ex-vice-prefeito de Porto Alegre, Eliseu Santos. Essa desconfiança tinha base em informações e relatos da vida real, uma base que a maioria dos jornalistas resolveu deixar pra lá, aceitando logo a versão oficial e não falando mais no caso. Aqueles que ousaram fazer algum tipo de contestação à hipótese do latrocínio foram motivos de chacota nos dias que se seguiram ao anúncio da conclusão da investigação policial. Mas eis que vem o MP para estragar esse silêncio."
Fui logo conferir na web.
Na verdade, não foi bem uma reviravolta, porque a polícia já havia prendido os executores. Tudo se encaminhava para a prática de latrocínio (a intenção dos ladrões não era matar, mas roubar o carro do secretário), porque os fatos estavam a indicar que o ex secretário da saúde de Porto Alegre foi morto por ladrões de carro que atuavam naquela bairro (Floresta).
Evidentemente que os executores, na prisão, deram outra versão ao MP, ao que tudo indica, que veio a tona hoje.
O crime pode ter sido encomendado e Eliseu executado.
Hoje a Polícia do RS prendeu os sócios da empresa reação que fazia serviços na área de segurança na Prefeitura, porque Eliseu estaria fazendo exigências para renovação da concessão...
Vejam esse vídeo abaixo que trata de um esquema de propina na secretaria da saúde do assessor jurídico da secretaria Marco Antônio Bernardes com o empresário Jorge Hardoff, ambos estão preso. No final uma entrevista com o próprio Eliseu Santos.
Tive dificuldades de incorporar o vídeo aqui. Ele está no seguinte endereço no youtube, aqui.
Zero Hora On Line
Veja quem são os denunciados e por que:
— Jorge Renato Hordoff de Mello e Marcelo Machado Pio, empresários: os dois são ex-policiais militares e sócios na Empresa Reação. Estariam contrariados com supostas exigências que teriam sido feitas pelo secretário Eliseu para renovar o contrato da empresa de vigilância com o município.
— Marco Antônio de Souza Bernardes, servidor de confiança de Eliseu: ligado à Secretaria Municipal de Saúde, seria o intermediário nas negociações entre os donos da empresa Reação e o secretário Eliseu.
— Eliseu Pompeu Gomes, Fernando Júnior Treidkrol e Marcelo Dias Souza, assaltantes: eles teriam sido contratados pelos donos da Empresa Reação para matar Eliseu, fingindo ser um assalto. Dois deles, Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Júnior Treidkrol, foram baleados pelo secretário, na troca de tiros que resultou na morte de Eliseu. Estão presos. O terceiro, Marcelo Dias Souza, está foragido.
— Robinson Teixeira do Santos: seria o motorista do carro que levou os ladrões até a Rua Hoffmann, onde Eliseu foi morto.
— Janine Ferri Bitello, auxiliar de enfermagem: teria ajudado a socorrer e feito curativos em um dos criminosos, baleado por Eliseu na troca de tiros que resultou na morte do secretário. Ela seria velha conhecida do assaltante. Está denunciada por formação de quadrilha, não por homicídio.
5 comentários:
achei a imagem do lado (che com toy story) fudida demais.
Boa Páscoa da Italia.
Uma pergunta "cui prodest" deixar entender que foi um latrocínio?
Essa pergunta non è "retórica".
Boa Páscoa da Italia.
Uma pergunta:
"cui prodest" deixar entender que foi um latrocínio?
PS: no è uma pergunta "retórica".
Desculpe pelo péssimo Português
Bem, com tudo que apareceu na imprensa, não consegui ver problemas na atuação da polícia civil. Eles capturaram os executores e desmantelaram uma quadrilha de ladrões de carro. O MP, que teve algumas informações privilegiadas, foi um pouco adiante nas investigações, sem compartilhar com a PC, o que, a meu ver, foi um erro calculado e proposital.
No entanto, não consegui entender o que houve pois, segundo as notícias, o tal empresário dava propina para o gabinete do secretário e até insinuaram que seria para a campanha do psdb. E o secretário colocou o tal empregado para a rua! EPA! Onde foi para a tal propina? E, se a empresa pagava a propina, por que ficou sem o contrato?
Ou ele recusou pagar a propina? Neste caso, por que demitir o funcionário? Tem muito furo nesta história. Pelo menos pelo que saiu na imprensa.
Valeriobrl, latrocínio é quando os criminosos querem roubar algo e acabam matando, a intenção não é matar, mas roubar. Homícídio é quando a intenção é matar.
Popa, hoje ao meio dia os promotores vão conceder uma entrevista. Não existe ainda uma prova conclusiva da ligação dos executores com os supostos mandantes.
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