A Veja apoiou Collor, apoiou FHC, apoiou Alckmin e apoia o Serra. Todo mundo sabe disso. Da mesma forma que o Carta Capital do Mino Carta apoia Lula e Dilma. E a Veja e o Carta Capital fazem bem em apoiar quem eles acreditam. Certa esquerda quer que a Veja, a Folha, o Estadão, a ZH admita textualmente, explicitamente que apoiam o Serra. A mídia não tem essa obrigação, ela não precisa fazer isso, porque está implícito. Mais do que implícito. O depósito do Maia apoia o Serra, mas não vou colocar ali um banner do Serra. Não vou colocar porque não quero, porque tenho essa liberdade.
Sim (que horror!) a Veja apoiou Collor, mas também, vale lembrar que foi a Veja que publicou aquela famosa entrevista com o Pedro Collor afirmando que o irmão era um picareta junto com o enigmático PC Farias. Essa matéria foi o estopim da queda de Collor. E a Veja apoiou o impeachment de Collor, bem como apoiou, antes disso, as diretas já e contribuiu -- muito mais do que a Dilma que pegou em armas -- de forma significativa para a derrubada da ditadura militar no Brasil.
Foi a Veja, também, que estampou em sua capa aquele vergonhoso contrato de financiamento do PT com Marcos Valério. E por isso hoje parte do PT -- aborrecido com a Veja e a grande mídia -- quer fazer o "controle social da mídia", para que, talvez, esse tipo de denúncia não seja feita.
Esse post foi uma resposta que dei no Blog Aldeia Gaulesa. Este pobre romano foi "peitar" o Asterix.
E depois do meu comentário o Aldeia Gaulesa resolveu fugir do debate, a moderação de comentários foi ativada para impedir as críticas. O blogueiro fez exatamente aquilo que o Asterix e o Obelix não fazem. Comportamento típico da esquerda reaça e que se fecha na mesma turminha. Pena.
10 comentários:
Sinceramente, Maia, não leio mais nada que venha "do lado de lá". É pura perda de tempo! Ainda bem que tenho o "depósito" para me atualizar daquelas bobageiras...
Pois, Popa, eu carrego comigo a ingênua esperança de que eles um dia possam mudar....
"Certa esquerda quer que a Veja, a Folha, o Estadão, a ZH admita textualmente, explicitamente que apoiam o Serra. A mídia não tem essa obrigação, ela não precisa fazer isso, porque está implícito. Mais do que implícito."
Eu juro que não entendo isso. Além do "porque não!", qual é a razão para não abrir o voto a Serra? Seria muito mais honesto.
E, novamente, o problema não é o apoio ao Serra. Vai mais na linha do "inimigo do inimigo é meu amigo". A Veja é omissa na hora da crítica ao apoio. Vide o recente exemplo das capas do RJ e SP, na questão das chuvas. No SP, tratou como fenômeno da natureza - blindou Serra e se omitiu do debate - no caso do RJ, apontou o dedo e mandou bala no Sergio Cabral. Sabe qual é o errado? A omissão!
Nos dois casos houve chuva demais e incompetência do governo. Mas Veja só falou mal de Cabral.
A crítica exagerada vira caricatura e permite resposta. A omissão só encoraja incompetência e irresponsabilidade. E aí está o problema do apoio de Veja a Collor, FHC e Serra.
Esclareceu?
Guimas, não é necessário que a mídia que apoia implicitamente e até mesmo descaradamente um candidato lançar editorial de apoio expresso e explícito ao mesmo candidato. É certo que nos EUA, alguns jornais apoiaram o Obama em editorial. Mas cada editor sabe o que é melhor para sua tosse. Isso faz parte da liberdade de opção de um jornal, de uma revista, de um blog, de uma mídia e isso tem de ser respeitado. Pode ser que amanhã, quem sabe?, eu coloque aqui um banner do Serra. Lembro que a Veja apoiou explicitamente o não em relação ao desarmamento. Lembro que o Serra apoiou explicitamente o sim ao desarmamento. Se a ZH apoiasse as besteiras de Olivio Dutra perderia 99% dos seus leitores consumidores. Cada um compra a sua mídia. Por isso eu gosto de diversificar, porque acho fundamental e importante obter informações de outras fontes, porque esclarece, porque abre o ângulo e aumenta o nosso espírito crítico. E quando faço isso já sei bem que linha editorial estou navegando.
Na verdade, o que o Guimas e outros querem é reduzir o mundo a um maniqueísmo infantil. Isso facilita o entendimento para mentes não muito sofisticadas.
Assim, nada mais natural do que tentar reduzir a situação do país entre petistas e anti-petistas, ou desejar que alguma publicação lance um edital esclarecendo, tim-tim por tim-tim toda sua orientação política, filosófica, social, sexual, etc. Rotular e reduzir, eis a fórmula mágica da mediocridade.
Logo, o Guimas surta quando lê críticas contra a Dilma, assumindo que os que assim procedem são tomados por alguma raiva irracional contra seu partido e devotos fanatizados do candidato de outro partido, no caso o Serra.
Mas, bom, melhor não cutucar muito e deixar o camarada desfrutar desse universo simples e equivocado criado por ele mesmo. Minha paciência não se estende muito além de um deboche divertido.
eh eh eh
Veja apóia Serra, como Carta Capital e Caros AMigos apoiam Dilma, e o controle da mídia querido pelos petistas é apenas para a mídia que apóia os outros, o que significa, controlar para que a midi não mostre os podres do PT, que são tantos quantos os podres dos outros.
Engraçado é que há 8 anos isso nao acontecia. Os petistas VIBRAVAM quando a mídia anunciava escândalos contra Collor, Sarney e FHC e mais do que isso, DEFENDIAM acirradamente a mídia livre!
O Maia continua não entendendo nada. O que eu disse é que essa linha editorial "implícita" é completamente sem sentido. E o que eu disse também é que o apoio não se dá com um debate inteligente, positivista, mas só (ou a maior parte do tempo) malhando o outro lado. Esse é o caminho da mediocridade. Quem trilha este caminho é a Caros Amigos também, no lado oposto. Mas não dá pra comparar a circulação da Veja com a da Caros Amigos, né?
E o Charlie acabou de dar um discurso olhando pro espelho. eh eh eh.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo de hoje, a atriz Norma Bengell disse que não viu problema algum no uso de uma foto sua no site Dilma na Web. A fotografia de Bengell aparece numa ilustração da seção “Minha vida”, que conta a trajetória de Dilma e o contexto histórico do país desde a década de 1940.
"Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", afirmou ela, dizendo ter simpatia pela ex-ministra da Casa Civil.
Dilma agradeceu, em sua página no Twitter, a declaração de Norma Bengell, que desfaz o mal-entendido gerado no último fim de semana. Uma nota no Dilma na Web esclareceu o caso. “Quero agradecer a atriz Norma Bengell pelas palavras simpáticas. Deu ao episódio de sua foto no blog a devida dimensão:uma questão menor”, disse no microblog.
E depois do meu comentário o Depósito do Maia resolveu fugir do debate. O blogueiro fez exatamente aquilo que o Asterix e o Obelix não fazem. Comportamento típico da direita reaça e que se fecha na mesma turminha. Pena.
Norma Bengell? Não foi ela que se apossou de 400mil reais de verba pública? Estaria querendo uma revisão, quem sabe um perdão, quem sabe um pagamento?
DIÁRIO – Se arrepende de ter declarado que pegou R$ 400 mil de “O Guarani” para completar o seu salário?
NORMA BENGELL – Não. Olha, esse história vai acabar logo. Meus bens estão confiscados, mas eu não tenho tantos assim. Esse escândalo todo me pareceu mais perseguição política do que qualquer outra coisa.
QUEM PERSEGUIU NORMA?
André, Norma Bengell pode até apoiar Dilma, mas a foto continua ali. A manipulação e a intenção de enganar continua ali. Querem transformar a moça da passeata na Dilma, mas é a Norma Bengell. O assunto até pode ser menor, mas a intenção mostra um caráter duvidosa, pois se trata de Blog Oficial.
Popa, e lembro aquela imagem da Norma Bengell correndo belíssima pela praia de maiô ou biquini... E ela hoje envolvida com falcatruas. Tadinha....
Guimas, não existe linha editorial que não seja implícita. O que eu estou dizendo e defendendo é que não é necessário que um jornal expresse e coloca a boca no trombone e diga eu apoio o Serra.... Não é obrigação de uma mídia fazer isso. Se ela quiser que ela faça. Isso se chama liberdade de opção.
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