Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Dívida, Auditoria e Gororoba


O diário gauche de hoje apresenta a seguinte mensagem:

Em 2006, pagamos R$ 275 bilhões a título de juros e amortizações das dívidas interna e externa. Com a Saúde, o governo gastou R$ 36 bilhões, com a Educação, R$ 17 bilhões.
Neste ano de 2007, a dívida interna aumentou em R$ 79 bilhões. Entre junho de 2005 e fevereiro de 2007 – em menos de dois anos, portanto -, a dívida interna passou de R$ 938 bilhões para R$ 1,2 trilhão (cresceu R$ 262 bilhões).
Só nos primeiros nove meses de 2007, os rentistas e especuladores da dívida brasileira – cerca de 80 mil brasileiros e brasileiras ricas – faturaram mais que o total de gastos com Saúde e Educação no ano passado, e ainda tiveram uma sobra de 26 bilhões para eles comprarem relógios Rolex para uso próprio e pirulitos para distribuir aos pedintes de semáforo.
Dias atrás, o presidente Lula reuniu os 96 maiores empresários do País. Desses 96 executivos, somente dois deles não eram de São Paulo.
Este tema da dívida é tão importante quanto pesado, hermético, objeto de disputa ferocíssima e a qual o lulismo-petismo simplesmente entregou a rapadura. Quem manda aí é o Banco Central do Brasil, que obedece expressa e estritamente aos interesses do capital financeiro internacional e não tem conversa. É tema tabu dentro do governo Lula, haja vista o PAC não ter sequer menção à questão da dívida interna. Repito: questão tabu no Palácio do Planalto. Quem mencionar o tema, mesmo indiretamente, será tratado como um "leproso no Velho Testamento".
Ver mais e melhor
aqui.

O Maia seguiu as recomendações do gauche e navegou mais e melhor ali que é o site Auditoria Cidadã da Dívida (http://www.divida-auditoriacidada.org.br/)

O site lembra a cartilha que o falecido Aloisio Biondi fez (Brasil privatizado)em relação às privatizações da telefonia. A tática é a mesma, se reune os dados ruins, péssimos e terríveis numa imensa gororoba para alimentar os incautos e os cordeirinhos. Qualquer pessoa que tenha um pequeno conhecimento de como efetivamente funciona o mercado financeiro nacional e internacional, a economia mundial, não embarca nessa canoa completamente furada. O principal da dívida brasileira é resultado de investimentos feitos no Brasil (estrutura e infraestrutura) que devem sim ser pagos. Os juros (que ainda continuam elevados) são os que sustentam o nosso equilíbrio econômico e que impedem a volta da inflação -- que corroi e elimina o salário e os valores do aposentado, da familia pobre, do mendigo em poucos dias. E os investidores que aplicam, necessariamente, não são brasileiros. São pessoas físicas e jurídicas do mundo inteiro que aqui investem porque procuram local onde exista mais segurança e rentabilidade. O investidor tem a absoluta liberdade de escolher onde aplicar seu rico dinheirinho: no Brasil, na China ou no Paquistão. É dinheiro volátil, mas é dinheiro, é capital que pode se transformar, se o país for considerado viável em produção, emprego, renda e impostos. É assim que funciona o sistema financeiro e a economia em qualquer país capitalista do mundo. Não se pode duvidar que o sistema é injusto e deve ser modificado. Como? Essa é a questão. Cimeiras sobre o assunto foram realizadas durante a administração Clinton. Mas o troglodita chegou e acabou com a festa. O mundo em compasso de espera.

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