Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Roçando a Roça dos Outros


Com luvas de pelicas e monitorando o blog dos outros, esse blogueiro se deparou novamente com o último post (tri fresquinho) do diario gauche.

É um artigo do Frei Pilato Pereira com esse lindinho nome: Benditas Foices que Roçaram Eucaliptos. Quem tiver uma santa paciência e quiser ler - vá lá no diario.

Ajustando minhas luvas de pelicas e contando até dez, com dedos reprimidos, "falei e disse" o seguinte:

Frei Pilato é capuchinho (não o café, mas a seita), é franciscano. Fez voto de pobreza, tem apenas seus velhos chinelos e suas mantas. Segue à risca as lições de São Francisco da bela Assisi. Como bom franciscano tenta impor a todos sua visão de mundo, modesta,ultra simples, sem nenhuma ostentação. Mas o mundo assim não é. Nem no socialismo real, assim não é. Na rua mais famosa de Pequim, na república comunista da China abriu um restaurante super ultra chique chamado Le Lan, da famosa rede ultra burguesa Starcks. O aludido frei franciscano apoia a luta das pessoas que dizem serem camponesas e que invadem propriedades de grandes empresas para roçar a roça dos outros. E o frei se queixa da polícia que prende esses mesmos militantes -- que se dizem camponeses -- porque invadiram propriedade (que não é mesmo um direito sagrado, admito) alheia, sob acusação de que eles estavam roçando a roça alheia. Eles estavam cortando eucaliptos, disse a autoridade policial. E a governadorinha -- ocupada em seu gabinete fazendo as contas do Estado falido -- é a culpada de tudo, porque sua polícia prendeu as pessoas -- que se dizem camponesas e que estavam roçando a roça dos outros. E assim caminha a humanidade na restrita visão do frei Pilato, que não é o Poncio.

2 comentários:

PoPa disse...

Eu me criei na igreja católica, com padres capuchinhos. Naquela época, eles eram pessoas simples, que apenas queriam o melhor para seu rebanho. Com um velho jipe, o padre visitava os fiéis, bebia nos botecos, interagia com as pessoas, mas não discutia política. Era seu estilo. Minha saída da igreja católica, coincidiu com a retirada dos capuchinhos da minha igreja e com a chegada de padres seculares, ricos e exploradores, que a tudo cobravam alguma taxa. Foi também quando começaram os cursos de pais, de noivos, de padrinhos... Caí fora, também, porque comecei a ler e conhecer a outra face da igreja.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Estudei em colégio católico, Pampa, o Anchieta, mas nunca fui religioso e hoje me considero agnóstico. Sei lá, acho que perdi a fé.