Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

Foto: Obama, Cameron e Helle Thorning-Schmidt


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Inferno da Nossa Gauche


Enfatizo: este blogueiro não é advogado da revista Veja. Certa esquerda inventou um termo: O PIG, o Partido da Imprensa Golpista, capitaneado, evidentemente pela Veja, além da Folha, do Estadão, do Globo e da Zero Hora.

O diário gauche, aproveitando essa onda do PIG, descascou a edição da Veja desta semana que elogia o filme Tropa de Elite ( este blogueiro ainda não viu).

A revista & partidão de direita Veja desta semana segue fazendo a suíte do filme Tropa de Elite. Diz que o filme “é uma obra de ficção”, mas que “retrata com uma fidelidade jamais vista como a criminalidade degradou o Brasil de alto a baixo”.
Acho que entendi, assim: a criminalidade (das classes populares) afundou o Brasil? Quer dizer, se não fossem os pobres, os ignorantes, os iletrados, que insistem em desobedecer as leis e os bons costumes, o Brasil não estaria tão rebaixado! [E ainda por cima, votam naquele jegue nordestino! – não precisa dizer, está implícito.]
Essa é a sociologia do inferno de Veja. O inferno são os pobres
!

Comentário deste blogueiro:

A Veja, em momento algum, afirma ou afirmou que o fato inconteste do Brasil ser um país violento é culpa dos pobres. Na verdade, os pobres são as grandes vítimas deste lamentável processo. São as vítimas, porque a violência que existe nas favelas das grandes cidades do Brasil é resultado direto da ausência e da ineficiência de Estado, da falta de educação, de saúde, de segurança. A Veja critica -- e com muita razão -- certa esquerda brasileira, porque ela gosta de manipular, de ideologizar questões que são bem práticas. Basta o Estado tomar conta das favelas, como está ocorrendo hoje na Colômbia. Basta o Estado colocar escola, hospital, posto policial dentro da favela. Basta o Estado construir moradias decentes para as pessoas morarem. Basta o Estado transformar as favelas em sítios de qualidade de vida. Mas isso não interessa à criminalidade, aos traficantes -- que está integrada na vida das favelas, é ali que ela se estabelece e não no Leblon, onde ela vende seus pós e seus fumos. Esse tipo de ação efetiva e forte do Estado não interessa aos Robin Hoods da vida e, também, a certa esquerda brasileira que abomina qualquer tipo de crítica à religião politicamente correta que ela mesmo inventou e que é intocável. Intocável, por que, homem branco? O inferno não são os pobres, são os sofistas.

4 comentários:

PoPa disse...

Veja, na verdade, bate no ponto principal do filme: quem financia o tráfico. De resto, é o que todo brasileiro já sabe: polícia corrupta desde os comandantes, ongs amigas do tráfico, classe média fumando, cheirando e colocando a culpa "no sistema"...

Veja está certa em bater forte nesta tecla,pois o Brasil precisa mudar urgentemente. Se tem criminosos em Brasília? Quem duvida? Veja tem dito isso, também!

O essencial é invisivel disse...

Quem financia o tráfico, oras! não é uma classe especiifica, toda sociedade, de todas as classes. Mto interessante que o filme coloca a maconha como responsável..pq não o coloca a cocaina, essa sim que financia! talvez pq mais gente das chamadas elites (nao gosto do termo, mas nao tendo outro melhor..) consumam a branquinha. Mas quanto a Veja, se há alguma duvida quanto a tendencia pela barbárie, basta ver a capa: "Bandido tem que ser tratado como bandido" . E como se trata bandido, com o saco? Ai entao vamos largar os livros, os computadores e entrar em guerra civil de vez! Se o Estado não for o portador incondicional da lei, quem será?

PoPa disse...

Bandido tem que ser tratado como bandido, significa que tem que ficar na cadeia! Tem que ser julgado e condenado, se for o caso! Há um grande problema em nosso sistema jurídico, que não diferencia criminoso comum de bandido. Criminosos comuns podem ser reintegrados à sociedade. Bandido não! E a coisa mais perversa que se pode fazer a um ser humano que tenha cometido algum crime de pequena monta, é ser colocado em prisões com bandidos.

Sobre o financiamento, apesar do preço ter caído ao longo do tempo, cocaína e maconha estão no mesmo nível, atualmente, de uso. Não há dúvidas que o mercado perseguido pelo tráfico, é a classe mais abastada, que não cria problemas e consome quieta. Mas, claro, estas drogas são consumidas em todas as classes. Mas, em termos de tamanho de mercado, maconha ganha disparado, até porque exige menos "tecnologia" de produção e muitos consumidores acreditam que ela não faz "tão mal"... Mas lembrem-se que esta maconha atual tem um nível de THC muito maior que a da década de 70. Aquela que o Clinton fumou, mas não tragou...

Letícia Losekann Coelho disse...

Aqui neste País os valores e o certo e errado estão todos virados! Não existe mais parâmetro para nada!! A revista VEJA...fez certo e concordo com o pampa qndo diz que a VEJA bateu na questão crucial...quem financia o tráfico!!!

beijo