Diversidade, Liberdade e Inclusão Social

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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Os Argumentos do Vice


Dona Yedinha ('das pantalhas', como chamam os blogs da nossa gauche) está lançando um pacote para tentar melhorar o grave e crônico problema da dívida do Estado gaúcho.

O vice governador em seu blog disse que apoia certas medidas: as proposições em relação ao regime de previdência para os novos servidores, a previdência complementar, a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, o pagamento de precatórios, extinção de CC´s não efetivados.

Mas o polêmico vice é totalmente contra o aumento de impostos porque reduz a geração de empregos, tira competitividade, mandando empresas e empregos embora, e com eles a arrecadação.

Diz o vice:

O RS está perdendo competitividade há 20 anos. Empresas gaúchas estão saindo daqui a cada mês e indo se instalar em outro estado, em outro país, porque ninguém agüenta pagar mais caro por um produto por ele ser fabricado no RS. E, infelizmente, os governos que passaram no RS, com uma visão fiscalista de tributar, tributar e tributar tornaram mais caro o que é produzido aqui.
Temos que ter bem claro: quem paga ICMS em qualquer estado brasileiro é quem consome.Quem paga ICMS nesse estado não são os empresários, é o trabalhador, é a dona-de-casa. O ICMS é o imposto que mais penaliza quem ganha menos.
Eu vou dar um exemplo. Eu, quando compro uma garrafa de água mineral por um real, quarenta centavos é ICMS. Para mim, quarenta centavos no final do mês, no meu orçamento, não como vice-governador, mas como empresário que também sou, não faz muita diferença. Agora, para quem ganha um salário mínimo, quarenta centavos é dinheiro. Muitos centavos na carne, no leite, no pão, no feijão, no arroz, na massa, na energia elétrica, é dinheiro.
Outro ponto importante é o debate em torno de estarmos apenas na 24ª. posição na comparação entre ICMS e PIB. É claro que este índice é um importante indicativo econômico. Mas não reflete o enorme impacto do imposto no bolso do trabalhador.
Vamos olhar o ICMS per capita. Ele é muito mais relevante do que o sobre o PIB. Mostra o quanto cada gaúcho, mineiro, carioca, paranaense, catarinense está pagando, efetivamente, de ICMS em seus estados. Vejam:
O ICMS per capita no RS é de R$ 1.168,20 ao ano (a média no Brasil é de R$ 1.004,00). O RS tem o maior ICMS per capita entre os grandes estados federados, depois de São Paulo. Os catarinenses pagam R$ 1.140,00; os cariocas, R$ 1036,00; os paranaenses, R$ 980,00; os mineiros R$ 961 00; e os gaúchos, R$ 1.168,00 ao ano.
Os gaúchos pagam o equivalente a 30% do salário mínimo líquido só com o ICMS.
Esta é a realidade. Pegue um salário mínimo e vá a um supermercado, uma farmácia, em qualquer atividade econômica no RS e veja o quanto é tributado. E vá a SC, vá ao Paraná, vá a São Paulo e vamos fazer a comparação.
(...)

O Rio Grande do Sul não pode se dar ao luxo de aumentar seus preços se já é carente em competitividade. Nosso estado só vai ter um crescimento sustentável via desenvolvimento econômico. E isto se faz baixando alíquotas.
Inequivocamente, os argumentos são relevantes.

2 comentários:

Letícia Losekann Coelho disse...

se ele tem contra proposta deve apresentar... Acho que nenhum governo quer aumentar imposto só p f....... com o contribuinte! Se ele tem proposta e é viavel, deve apresentar.....

Carlos Eduardo da Maia disse...

A proposta dele, Tita, é cortar, extinguir estatais, privatizar, diminuir o tamanho e o peso do Estado para se tornar eficiente. Eu sei que é complicado e doi, mas algo deve ser feito. Talvez não tão radical assim.