Este blogueiro está sendo torpedeado pelos simpatizantes do Che que se negam a saber a verdade verdadeira certa e absoluta, sobretudo o que aconteceu nos porões do quartel chamado La Cabaña, dias após a revolução de 01 de janeiro de 1959 em Cuba.
A revolução do reveillon de 1959 foi quase que pacífica. Os revolucionários entraram em La Habana, aclamados pelo povo que estava cansado de um regime tirano (e que era apoiado sim pelos EUA e pelas bancas de cassino) e praticamente não houve resistência. Em La Cabaña estavam os chefes da polícia do antigo regime e outras pessoas do antigo regime que foram sumariamente executadas, sob o comando de Che -- que não era como Lula -- ele sabia de tudo. Será que um herói, um ícone, um mito, um humanista faria o que Che fez? Não estou aqui para defender a Veja, que deu o ponto de partida para a discussão, mas ela apenas está destacando - e com muita razão -- fatos históricos verdadeiros e que são narrados nas boas biografias (Anderson e Castañeda). Che matou e mandou matar muita gente e, de forma sumária, impiedosa, sem direito a qualquer defesa. Por isso ele é um herói torto. Não tem imbecil que admira Mussolini, Franco, Hitler, Stalin? Tem gosto para tudo, mas é fundamental que as pessoas sejam bem informadas.
***
O fato de Che ter cuidado dos leprosos e de ter sido médico (pouco exerceu essa profissão) e de ter abandonado cargo de Ministro de Estado (porque estava ficando deprimido com as atividades burocráticas e resolveu fazer a revolução permanente de Trotsky) não deleta, não elimina as atrocidades, as desumanidades que ele cometeu no quartel de La Cabaña que ele comandou. Não se pode deletar da história de Che seu lado obscuro, seu lado negro, seu lado triste, seu lado desumano. Ninguém aqui está inventando historinhas. Os dois bons biógrafos, Anderson e Castañeda, dizem que Che comandou execução sumária de pessoas neste quartel. E -- insisto -- a revolução cubana depois do 01 de janeiro de 59 foi praticamente pacífica. Não houve maiores lutas. Praticamente não houve resistência. Não era necessário matar tanta gente no paredón. É que Che sempre teve um temperamente difícil, sempre quis fazer a revolução a fórceps, doa a quem doer, não interessam os meios. Mas não se pode encobrir a verdadeira história. Quem quer saber a verdade acredita, quem quer saber a mentira é catequisado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário