Miguel Rossetto critica as administrações do Britto, do Rigotto e da Yeda, no Rio Grande do Sul que facilitaram, mediante incentivos fiscais, a atração de empresas no Estado. Para ele, essa é a principal causa do déficit do Estado do Rio Grande do Sul.
A moeda de troca para uma empresa se instalar em qualquer ponto do Brasil é o incentivo fiscal. Ou seja, se o Estado der o incentivo a empresa se instala; se não der, ela não se instala.
Em relação aos impostos, se a empresa se instalar no Estado , esses impostos diretos o Estado vai abrir mão (total ou parcialmente, dependendo do que foi convencionado). Mas se esse incentivo não for dado, que é o que Rossetto defende, a empresa não se instala e o Estado não recebe imposto nenhum. Ou o Estado dá incentivos para uma empresa se instalar, abrindo mão dos impostos ou parte deles, ou o Estado não dá incentivos a empresa não vem não gerando imposto algum.
Portanto, é um grande sofisma alegar que o déficit do Estado está intimamente ligado aos incentivos fiscais concedidos. O déficit do Estado está ligado ao empreguismo e a irresponsabilidade fiscal de diversos governos, uma vez que o RS é recordista brasileiro em pagamento de folha de servidores e de proventos de aposentadoria e pensão. Espertamente, Rossetto nem fala sobre este problema, porque tem interesse em conseguir os necessários votinhos dos servidores, aposentados e pensionistas do Estado.
Se isso não é demagogia, o que é demagogia?
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